Confira a avaliação dos bancários da base de Conquista e região que participaram do Encontro em Salvador.
Davi Lima
Secretário Geral do SEEB/VCR
CEF/ Vitória da Conquista
As perspectivas para a Campanha Salarial deste ano é que será uma das mais difíceis dos últimos tempos, já que o patrão tem a recessão como desculpa para tentar desmobilizar a categoria. Na Caixa foram definidos os 21 delegados que participarão do Encontro Nacional – CONECEF, sendo também destaque as reivindicações para a recuperação das perdas salariais da era FHC, isonomia, repúdio ao GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) – que nada mais é do que uma forma da empresa intensificar a cobrança de metas individuais -, tickets para os aposentados (que é uma reivindicação antiga) e mais contratações de funcionários. Como todos nós sabemos, quem mais lucra na época de recessão são os bancos, com aumento de taxas e o crescimento do faturamento. A categoria agora, mais do que nunca, tem que estar mais unida e mobilizada no sentido de fazermos uma movimentação forte Como o professor e economista Renildo Souza salientou, “enfrentar uma Campanha Salarial no meio da recessão vai ser um desafio para os bancários, que terão de lutar por seus direitos e promover o debate sobre a mudança no sistema financeiro”.
Miguel Ribeiro
BB/Vitória da Conquista
A perspectiva é de ano difícil, pois estamos no bojo de uma crise política e econômica e com desemprego acelerando. A estratégia é dar seguimento ao cronograma de atividades, que começou já em fevereiro deste ano, segundo salientou o presidente da Federação. O próprio encontro faz parte das ações e notadamente o trabalhador deve ficar atendo às investidas da bancada conservadora do Congresso. O próximo passo mobilizador é o encontro previsto para julho. O principal problema a ser enfrentado pelos trabalhadores neste momento é a questão do desemprego e a continuação da crise interna e internacional, que pode afetar as negociações. Depois de um período de crescimento, enfrentamos um momento de recessão, e isso é perigoso, pois os patrões conservadores podem utilizar estes fatores como moeda de troca por aumento salarial. O professor Renildo chamou a atenção para os trabalhadores se unirem e lutarem principalmente para não perder direitos, pois o Congresso, com foco no momento na crise instalada, se aproveita para atacar a classe trabalhadora.
Francisco Matos
BNB/Barra da Estiva
O Encontro dos Bancos Públicos é muito importante para a discussão do papel que estas entidades têm diante da economia brasileira. O fortalecimento do Banco do Brasil, Caixa, BNB, BASA é estratégico para as políticas econômicas do país. É através destes bancos principalmente que o governo federal realiza ações de controle do mercado, implementa políticas de financiamento e diversos programas sociais, motivos pelos quais não podemos deixar de defender estes bancos e o seu corpo funcional, sem o qual não seria possível a existência destas entidades. A união da categoria é que faz toda diferença na luta bancária, que é uma das mais organizadas do país. Diante desta referida crise política e econômica, enfatizada e engrandecida pela mídia, precisamos nos organizar mais ainda, fazer cada bancário saber da importância que tem as mobilizações, de todas as conquistas que foram alcançadas através de muito esforço e trabalho. Não podemos deixar a essência de luta morrer. Cada bancário é importante demais, sem exceção.
*As opiniões expressas nas entrevistas não refletem, necessariamente, o posicionamento da diretoria do SEEB/VCR.