Na última semana, os funcionários do Bradesco de todo país participaram do Encontro Nacional específico do banco para debater e buscar soluções para os problemas enfrentados diariamente nos locais de trabalho.
O espaço teve início com uma análise de conjuntura feita pela presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvândia Moreira.
Na sequência, o tema debatido foi o reflexo da pandemia na saúde do trabalhador. Foram lembrados pontos importantes conquistados pelo movimento bancário como o rodízio no trabalho, metade dos funcionários em home office e o protocolo de afastamento e sanitização das agências quando confirmado caso de Covid. Contudo, os bancários pautaram a preocupação com o retorno sem critérios dos funcionários já vacinados e com os trabalhadores que ficaram com sequelas da Covid.
Os bancários também pautaram o teletrabalho, pois o acordo assinado em 2020, precisa se ajustar melhor às necessidades dos trabalhadores que permanecerão neste modelo.
Outra preocupação discutida pela categoria foi a segurança. A avaliação do movimento sindical é que a ampliação massiva do número de unidades de negócios pelo país, que não possuem instrumentos efetivos de segurança e expõe trabalhadores e clientes, representa um grande retrocesso nas medidas que vem sendo construídas há 20 anos.
As unidades de negócios também geram preocupação pelo risco iminente de fechamento dos postos de trabalho e de agências. No debate, os bancários se mostraram inseguros com a expansão deste modelo, que precariza o atendimento, aumenta a sobrecarga de trabalho e gera demissões.
A base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região foi representada no encontro pela diretora de Assuntos Jurídicos e funcionária do Bradesco, Sarah Sodré. “O Encontro Nacional, que segue sendo virtual por conta das restrições impostas pela pandemia, possibilitou a construção de uma pauta conjunta que representa as reinvindicações dos bancários de todo o país. A manutenção da discussão de pauta perante a Fenaban demonstra a força do movimento sindical, sempre impulsionada pela adesão e participação de grande parte da categoria. Vale lembrar que muitos de nossos direitos são garantidos pelo Acordo Coletivo, vez que a legislação trabalhista foi brutalmente modificada com a última reforma trabalhista. Dessa forma, participar de uma mesa de negociação com o empregador representa sempre um grande desafio”, conclui.