Sarah Sodré
HSBC/ Vitória da Conquista
No encontro debateu-se a respeito da preocupação com os rumos do atual governo em relação ao ataque aos direitos trabalhistas, além das prováveis alterações previdenciárias como a implantação de idade mínima para aposentadoria. Aos sindicatos, cabe o papel de orientação e mobilização da categoria no intuito de fortalecer o movimento. O momento é de luta, pois o cenário político é o mais complicado dos últimos anos. Além da manutenção dos direitos, queremos avançar em vários itens da pauta. Na reunião específica do HSBC não tivemos muitos avanços. Ocorrida momentos antes da aprovação da compra do banco pelo CADE, a principal temática ainda é a manutenção dos empregos, junto com a manutenção de benefícios que bancários do Bradesco ainda não possuem, tais como auxílio educação, ou plano de saúde, que é diferente de seguro saúde. O pagamento da PL ainda é uma incógnita. Espera-se uma reunião conjunta das COEs do Bradesco e do HSBC em breve.
Carlos ALberto Gonçalves
Itaú/Vitória da Conquista
Discutimos, durante os dois dias do encontro, como ficam os bancos privados na Campanha Salarial deste ano, que deve ser muito difícil. Foram várias as discussões sobre emprego, remuneração, condições de trabalho, igualdade e oportunidade e segurança. Levamos essas propostas para São Paulo e tiramos as principais reivindicações dos funcionários do Itaú para serem levadas à COE. Houve também uma discussão a respeito do cenário político, pois a categoria está ciente do que está acontecendo no país e pensa em ir às ruas na Campanha. Faremos reuniões nas agências do Itaú, falando a respeito do Plano de Aposentadoria Complementar (PAC) e do Plano CD, que são as propostas que o banco passou para a gente. O CD teve um ganho de R$ 1 bilhão e 400 milhões, que serão divididos entre 21.069 bancários que fazem parte do plano. Houve um acordo com o banco em que 60% serão divididos para 21 mil funcionários, o que corresponde a 11% para cada bancário. Isso representa uma conquista para a categoria.
Jornan Almeida
Bradesco/Vitória da Conquista
Parabenizo o encontro dos bancos privados, que promoveu o debate para construção de pautas de reivindicações. Porém, lamento a abordagem dos palestrantes em apenas criticar as manobras políticas para afastar um governo legítimo, eleito por voto direto, deixando de fazer um planejamento de construção de um movimento com unidade para coibir as estratégias do governo interino para retirar direitos dos trabalhadores, principalmente dos projetos de terceirizações e privatizações. Tivemos uma palestra do DIEESE que abordou os desafios e embates que a categoria terá com os avanços das transações digitais. As reuniões foram divididas por bancos para definir as pautas. Foram criadas pautas extensas, inclusive, com cláusulas que sabemos que são quase inatingíveis. No meu ponto de vista, isso está prejudicando os avanços nas negociações específicas, basta fazer uma reflexão dos últimos três anos. Fui voto vencido, mas, continuarei insistindo por uma pauta enxuta, simples e, com boa possibilidade de atingir os resultados.