Ediléia Campos
Banco do Brasil/ Vitória da Conquista
A Conferência contou com a presença de representantes de diversas centrais, tendências políticas, federações e sindicatos de todo o país. A construção da pauta foi feita de maneira democrática e participativa. Remuneração, saúde, organização do movimento e sistema financeiro nacional foram os principais temas debatidos. Todas as propostas oriundas das bases foram analisadas através de debates promovidos em grupos específicos e adequadas para que contemplassem toda a categoria. Dentre elas, destaca-se a proposta de paridade de gênero, aprovada por unanimidade para 2017. A decisão vai ampliar a participação feminina, assegurando a representatividade das mulheres que, apesar de ocuparem metade dos postos de trabalho, têm uma participação minoritária neste importante espaço de discussão do movimento nacional da categoria. Outro ponto importante foi a mobilização unificada dos bancários do BB com a Caixa Econômica em defesa dos bancos públicos e o “Fora Temer”, bem como a reivindicação da reposição das perdas salariais durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Porém, infelizmente temas considerados de extrema importância relacionados à saúde e aos problemas da CASSI ficaram muito aquém do que esperávamos. Faz-se necessária um debate mais amplo sobre o assunto. A expectativa para os próximo meses de negociação é que todos os funcionários estejam dispostos a participarem desse momento de luta. Precisamos nos mobilizar para conseguirmos êxito em todas as reivindicações, que são constantes da minuta. Está mais que na hora de a categoria demonstrar sua indignação com as atuais condições de trabalho, mostrar unicidade e assumir a responsabilidade da luta sindical. Juntos somos fortes.
Larissa Couto
Banco do Brasil/Vitória da Conquista
Tivemos a oportunidade de marcar presença no 1º Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos, em conjunto com o 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, com debates bastante acalorados em defesa dos nossos direitos e pelas nossas instituições. De maneira geral, houve consenso na aprovação do “Fora Temer”, na defesa do papel social dos bancos públicos e na luta pelo fim da terceirização. Nos grupos específicos, fiz parte das discussões sobre o BB e o Sistema Financeiro Nacional, reforçando a importância do banco como fomentador do desenvolvimento social, uma vez que tem atuado fortemente como banco de mercado, focado na obtenção de resultado financeiro, ampliando suas linhas de crédito destinadas ao consumo em um patamar acima do investimento produtivo e promovendo sucessivas reestruturações aliadas às novas tecnologias. Um momento excepcional foi protagonizado pelas mulheres em nome do feminismo e de uma pauta que discutisse as questões da trabalhadora bancária. O fórum ocorreu de maneira espontânea com a participação de todas as correntes sindicais unificadas prevalecendo o debate sobre a organização dos espaços de participação da mulher. Denúncias sobre assédio sexual e o tratamento dispensado às mulheres no próprio movimento sindical foram levadas em forma de moção de repúdio à plenária geral do Congresso, aprovando também a paridade de gênero nas próximas conferências. Uma conquista histórica para nós! Volto para a base com a bagagem política um pouco mais cheia e com o compromisso de incentivar os colegas a assumirem a responsabilidade da luta pelos nossos direitos.
Daniele Couto
Caixa Econômica Federal/Vitória da Conquista
O evento se dividiu entre o 1° Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos e o 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CONECEF). Houve importantes debates sobre a atual conjuntura política e econômica e sua interferência nos direitos trabalhistas, previdenciários e no caráter público da Caixa, dentre outros temas fundamentais para os empregados e toda a sociedade. Também foi muito debatido o tema da terceirização e seu caráter nefasto para os trabalhadores, além dos rumos da Campanha Nacional de Bancários 2016, com o indicativo de termos muita dificuldade em negociar a pauta de reivindicações este ano. Temas muito atuais foram discutidos, como contratação, reestruturação, GDP, metas individuais, proibição de substituições, fim da função de caixa, banco de horas e compensação de horas extras, e foi construída uma extensa pauta específica para ser apresentada à Caixa na Campanha. O momento é de intensificar a luta para avançar na pauta e, principalmente, não permitirmos retrocessos nos direitos historicamente conquistados.
Nilsana Rocha
Caixa Econômica Federal/Vitória da Conquista
Neste atual cenário de ameaças aos direitos trabalhistas e às empresas públicas, com a PL 555 e a PL 30 (das terceirizações), e a reestruturação sem o debate prévio com a categoria, torna-se importante ressaltar que foram as mobilizações e a pressão dos bancários e bancárias que garantiram a paralisação desses processos. Desta forma, participar do 32° Congresso Nacional dos Emrpegados da Caixa Econômica Federal, com o tema “Lutar sempre vale a pena – Nós somos a resistência!”, foi bastante enriquecedor, pois através da organização dos trabalhadores conseguimos discutir as especificidades dos empregados e suas reivindicações a nível nacional, através de debates e discussões das propostas apresentadas nos congressos estaduais e aprovadas na plenária final, tais como mais contratações, reposição salarial, defesa do papel social da Caixa e sua participação como instrumento eficaz de políticas públicas. Além disso, o pagamento de todas as substituições independente de prazo, fim do IHE e GDP e a isonomia foram defendidas no congresso, para a construção do processo de uma negociação permanente para melhores condições de trabalho, saúde e da vida dos empregados da Caixa.