Em sete meses, 72% das demissões da base de Vitória da Conquista foram do Bradesco
Na sexta-feira (11), o Bradesco anunciou mais uma demissão sem justa causa na agência Centro, 270. É inadmissível que um banco que lucrou R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025, 39% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, priorize seus ganhos absurdos em detrimento da dignidade das trabalhadoras e trabalhadores, ignorando os impactos sociais de suas políticas. As demissões, que vêm ocorrendo junto ao fechamento das agências, têm consequências danosas para os trabalhadores e as cidades onde as unidades foram encerradas.
O banco vem sendo líder em demissões e no adoecimento da categoria. Desde janeiro de 2025, na região de Vitória da Conquista, 18 bancários ou bancárias foram demitidos, sendo destes 13 do Bradesco. Além disso, em 2024, 81% das comunicações de acidente de trabalho (CATs), emitidas pelo SEEB/VCR, foram do Bradesco, refletindo o alto nível de adoecimento em que se encontram as bancárias e bancários.
Além da sobrecarga de trabalho, a pressão e o assédio moral pelo cumprimento de metas cada vez mais absurdas são os fatores preponderantes para as doenças ocupacionais que afetam a categoria.

Sarah Sodré, vice-presidente do SEEB/VCR, alega: ‘’A Reestruturação segue sendo a justificativa utilizada pelo Bradesco para demitir funcionários e fechar agências. Entretanto, esse argumento é ilógico, uma vez que o banco não reduziu sua lucratividade e muito menos a quantidade de clientes. Seus funcionários seguem adoecidos e os afastamentos por motivos de saúde aumentaram, fruto de sobrecarga de trabalho, assédio, metas abusivas e pelo medo da perda do posto de trabalho. É preciso interromper imediatamente esse ciclo de desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras.’’