Nesta edição, conversamos com a diretora de Assuntos de Gênero do SEEB/VCR, Camille Santos, sobre a luta por oportunidades iguais e contra a violência de gênero.
Porque as mulheres devem participar de entidades que lutam pela defesa da mulher, ou seja, se organizando no combate à discriminação? A organização coletiva em torno de um bem comum gera um impacto social maior, além de uma segurança de que a mulher não está sozinha em seu processo de enfrentamento, seja de uma situação específica, seja ante o machismo estrutural.
Qual é a importância do Sindicato ter uma diretoria de Gênero? O sindicato, enquanto expressão da categoria, tem o dever de primar pelos direitos básicos de seus filiados e filiadas. A defesa diante da discriminação de gênero está no cerne da luta da trabalhadoras e trabalhadores por igualdade e condições justas de trabalho, e o sindicato reflete essa necessidade, tanto com a pasta de gênero, quanto com o acolhimento de filiadas em suas demandas individuais, colaborando com as entidades da sociedade civil para combater as situações de violência e desigualdade.
Qual é a importância de fazer as denúncias? A colega que sofre uma situação de discriminação e/ou violência precisa sentir que não está sozinha em sua realidade. Que esse sentimento, essa dor, encontre eco e empatia em outra mulher que, antes dela, passou por situação similar e denunciou e foi acolhida. Denunciar é um ato de coragem por si e pelas demais mulheres.
As opiniões expressas não refletem, necessariamente, o posicionamento da diretoria do SEEB/VCR.