Com a certeza da impunidade avalizada pela compra de parlamentares, a legalização da terceirização em todos os setores, a reforma trabalhista aprovada e a reforma da Previdência às vésperas de aprovação, o governo de Michel Temer parte agora com toda fúria para a privatização das últimas empresas estatais estratégicas que ainda estão sob o controle do Estado.
O anúncio da privatização da Eletrobrás segue a lógica de entregar o patrimônio público, construído ao longo dos anos com os impostos de todos os brasileiros, que deveria servir para implementação de políticas nacionais de desenvolvimentos econômico e, principalmente, social nas regiões mais pobres do país. A estatal será entregue para que a iniciativa privada possa obter lucros explorando um serviço que é essencial para a população. A valorização das ações da empresa logo após o anúncio demonstra que a ganância dos empresários faz sentido, pois será mais uma estatal que passará a dar lucro para um pequeno grupo, assim como aconteceu com a Vale do Rio Doce, CSN e tantas outras já privatizadas.
Enquanto conseguir sobreviver, o governo vai continuar se utilizando das verbas do Estado para obter as vitórias necessárias no Congresso, implementando todo o projeto neoliberal que foi iniciado desde o governo de Fernando Collor de Melo e vem sendo seguido – de forma mais ou menos intensa – por todos os demais governos, sendo radicalizado agora por Temer. Com as reestruturações já iniciadas na Caixa Econômica, Banco do Brasil e outras empresas que ainda estão sob o controle do Estado, não será nenhuma novidade se, a qualquer momento, for anunciada a venda dessas ações. Se não houver uma reação popular a todos estes ataques, em breve, não haverá mais porque lutar.
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