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Estudantes ocupam instituições públicas em Conquista

A juventude brasileira está sendo um grande exemplo para todos que lutam por transformações profundas na sociedade. Em todo o país são mais de 1.200 escolas, universidades e institutos federais ocupados. O movimento denuncia os ataques aos serviços públicos por meio da PEC 241, a reforma do ensino médio e os projetos do Escola Sem Partido.

Em Vitória da Conquista, os estudantes do Instituto Federal da Bahia iniciaram a ocupação no último dia 19. No dia 21, os estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, discutiram e aprovaram a ocupação. Já o campus de Vitória da Conquista da Universidade Federal da Bahia foi ocupado pelos estudantes no dia 24.

As atividades administrativas das instituições estão paralisadas, assim como as aulas. No entanto, os estudantes estão dando uma lição de cidadania na defesa por uma educação pública de qualidade. As ocupações possuem cronogramas diários com rodas de conversas, aulas públicas, ciclos de debates, oficinas e práticas de esporte.

Com a aproximação das eleições, a pressão para encerrar os movimentos na cidade se intensificou. No último dia 25, o juiz eleitoral do TRE solicitou a desocupação da UESB e do IFBA sob a justificativa dos transtornos para o período eleitoral. Durante uma coletiva de imprensa, o delegado da Polícia Federal responsável pela negociação com os movimentos, reconheceu a legitimidade do movimento e não encontrou razão para desocupar, tendo em vista que os estudantes se comprometeram em não interferir no processo. Na declaração, o delegado também enfatizou que os movimentos não estão causando nenhum dano material e tem se organizado com responsabilidade.

A PEC 241, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados, agora segue para o Senado, onde será discutida e votada em dois turnos, retornando para o gabinete presidencial, de onde saiu para sanção.

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região se solidariza com a luta dos estudantes. “Nós, enquanto Sindicato, reconhecemos a importância desses movimentos na luta por educação pública de qualidade para todos. Estamos passando por um momento de intensos ataques aos nossos direitos e só uma mobilização nacional pode ser capaz de barra-los”, aponta Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.

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