Evento do Dia da Mulher no SEEB/VCR contou com a participação da categoria e da sociedade

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e região realizou ontem (8), no Dia Internacional da Mulher, o debate “Não vão nos silenciar! Contra o machismo estrutural e o assédio no ambiente de trabalho.” O evento  contou com a participação das convidadas: Márcia Lemos, historiadora e professora da UESB e Lays Macedo, Jornalista e servidora pública da SSP/BA. A oportunidade possibilitou um espaço de troca de experiências e de informações, de conscientização contra o machismo vivenciado diariamente pelas mulheres e de discussão sobre a importância destas mulheres ocuparem espaços de liderança na sociedade.

A palestrante Lays Macedo abordou sobre a estrutura patriarcal da sociedade que enxerga a mulher de forma inferior apenas por ser mulher: ” Nós somos vistas como o “outro”, o outro que não é o certo e é incompleto. Viver como algo a ser objetificado, ou a ser ridicularizado, ou ser inferiorizado, todos os dias, com a validação da construção social, faz com que essa violência passe a não ser vista por nós até que ela chegue ao extremo.”

Já a historiadora, Márcia Lemos, falou sobre a luta feminista ao longo da história, debateu sobre o papel da mulher que é imposto pela sociedade patriarcal e trouxe dados alarmantes sobre a violência contra a mulher. Também argumentou a importância do sindicato criar um espaço fora da universidade para debater sobre o machismo estrutural: ” De antemão parabenizo o SEEB/VCR pela iniciativa de trazer esse debate no marco que é o 8 de março, mas que, além da data, devemos fazer isso no nosso cotidiano. É fundamental que o conhecimento produzido na universidade dialogue com a comunidade, pois as pessoas precisam ser formadas e educadas para combater e evitar essa forma de violência.”

A diretora da Gênero DO SEEB/VCR, Camille Corrêa, ressalta a importância desse evento, principalmente para as bancárias que sofreram a violência de gênero: “A gente precisa nesse olho no olho para manter a categoria próxima, para compartilhar as vivências e ajudar a bancária a passar por essa situação. É importante ressaltar que o Sindicato está aqui pela categoria, para deixar a vítima a vontade para fazer as denúncias e vir até nós em busca de apoio. Se você perceber que está passando por um momento de assédio ou de violência, procure o Sindicato antes que a situação vire caótica.”

Para a bancária Juliana Guimarães, da CEF de Vitória da Conquista, é importante a conscientização do tema, pois quando uma pessoa muda, tudo muda ao seu redor: “A nossa sociedade é um resultado do que nos somos. Eu acredito muito que a partir do momento que olharmos para dentro de nós mesmo, e entendermos o machismo enraizado que todos nós reproduzimos, essa mudança vai acontecer dentro e fora de qualquer instituição, bancária ou não.”

Além das palestras e do evento, também foram distribuídas duas cartilhas sobre a violência contra as mulheres e o jornal “O Piquete” especial do dia 8 de março.

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