O ano de 2019 foi marcado por constantes ameaças aos bancos públicos. O atual governo tem colocado em prática a entrega do patrimônio brasileiro para o setor privado e uma política econômica que só tem privilegiado os banqueiros. Nesse cenário, a classe trabalhadora tem tido os seus direitos massacrados em detrimento do lucro de poucos.
Como resposta, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região apostou no fortalecimento da unidade da categoria. Neste ano foram mais de 29 mil quilômetros percorridos no trabalho de base, nas 45 cidades da região.
As reestruturações, demissões e sucateamentos das estruturas dos bancos tem sido uma realidade difícil de ser encarada pela categoria. Apenas nos últimos seis anos, os bancos realizaram 301 demissões em Vitória da Conquista e Região. Em 2019, foram 50 desligamentos de filiados do SEEB/VCR nos bancos públicos e privados. Para enfrentar esses ataques, o Sindicato promoveu manifestações, para denunciar o descaso dos bancos, e também iniciou processo judiciais quando necessário.
Bradesco
Enquanto o Bradesco assume o topo da lista de maior lucratividade, sua política interna segue a prática de aumentar as demissões. Foi o banco que mais demitiu na região, sendo responsável por 21 demissões e pretende fechar 450 agências no país até 2020.
Banco do Brasil
Sob a terceira onda de reestruturação com extinção de funções, sucateamento de agências, remoções compulsórias, descomissionamentos e o incentivo às demissões voluntárias, neste ano, o banco desligou sete funcionários na base do SEEB/VCR.
De forma autoritária, a gestão do BB propagandeou seu projeto que visa criar mecanismos para colocar em xeque a Cassi, se eximindo da responsabilidade financeira, ampliando o poder de decisão do banco e até mesmo ferindo o estatuto da Caixa de Assistência.
Caixa Econômica Federal
Mesmo com as longas filas nas agências – o que revela uma demanda muito superior ao número de funcionários -, a gestão da CEF colocou em prática mais um Plano de Demissão Voluntária (PDV), que resultou no desligamento de 11 bancários na base do Sindicato. Além disso, o banco também está na mira do governo em seu pacote de privatizações.
Itaú
Visando o lucro pela ganância, o Itaú fechou uma agência em Vitória da Conquista e demitiu sete funcionários, sobrecarregando os bancários e oferecendo um atendimento com a qualidade reduzida aos seus clientes.
Santander
O Santander, que liderou o ranking de reclamações no Banco Central, neste ano, se mostrou alinhado à política de desmonte dos direitos da categoria, sendo o primeiro banco a tentar implementar o trabalho aos finais de semana. Além disso, mesmo com apenas uma agência na região do Sindicato, demitiu um funcionário.
Banco do Nordeste
No início do ano, o governo anunciou a fusão entre Banco do Nordeste e BNDES, que foi barrada pelas manifestações da categoria. No entanto, para piorar as condições do banco, foram demitidos três bancários na região por meio do incentivo à aposentadoria antecipada.