Bruno Boaventura – CEF/Mongoiós
Tivemos uma proposta inicial muito ruim, além da insistência dos banqueiros em não negociar. Após a força demonstrada pela greve, conseguimos arrancar melhorias na proposta, mesmo não contemplando o reajuste ideal. A anistia dos dias parados foi de extrema importância para a aceitação da proposta. É importante que os colegas que não aderiram ao movimento pensem melhor, pois uma adesão maior pode fazer com que a greve seja mais efetiva.
Alberto Rocha – Bradesco/Poções
Tivemos algumas dificuldades e desgastes de uma greve longa, além das cobranças da população que acha que nossa categoria trabalha pouco e ganha muito. O Comando Nacional dos Bancários deu um tiro no pé ao chamar a Fenaban para uma negociação, que, ao meu ver demonstrou fraqueza. Com isso, os banqueiros aproveitaram dessa fragilidade e dificultaram ao máximo as negociações.
Arnaldo Prates – Bradesco/Poções
A fase final da Campanha Nacional dos Bancários 2016 foi marcada pela greve que teve início em 06 de setembro e término em 06 de outubro, com aprovação da contraproposta dos bancos pela categoria. Apesar de não ter conseguido êxito na totalidade do que foi reivindicado, não se deve considerar como fracasso, tendo em vista a atual conjuntura política e econômica do país.
Carlos Alberto Gonçalves – Itaú/Francisco Santos
Foi uma demora muito grande para resolver nossas reivindicações. O Comando demorou demais para acionar os banqueiros, o que nos levou a encerrar a greve com uma perda e precisamos ressaltar o quanto isso é ruim. No entanto, nossa luta continua. Precisamos nos manter unidos na busca por melhores condições de trabalho.
Iristela Bacelar – Bradesco/Vitória da Conquista
Na greve deste ano achei interessante a solidariedade da categoria. Funcionários de bancos privados se esforçaram para colaborar e nos bancos públicos a adesão em massa de algumas agências deu força ao movimento. Porém, senti falta desses colegas nas ruas, vestindo a camisa da luta. É imprescindível salientar que a greve não é do Sindicato, mas sim, dos bancários.
Juliana Guimarães – CEF/Gihab
Percebi que a adesão deste ano foi maior e positiva. Foi uma luta bonita e válida, mas que não nos proporcionou o resultado que esperávamos. Não há resultado positivo no acordo com a CEF, para mim. Essa promessa de um grupo para estudos para avaliação do manual que faz a extinção de uma série de vantagens com relação a carreira dos empregados é uma ilusão.
Carlos Placha – BNB/Vitória da Conquista
Tivemos um acordo com um índice rebaixado e abono salarial que ajuda apenas momentaneamente, mas esses 1,62% de perda vai refletir em nosso salário para o resto de nossa vida laboral. A questão do PCR, no BNB, mais uma vez não foi resolvida. Agora, precisamos cobrar do banco que utilize os vários estudos e aplique um PCR decente para os funcionários.
Gabriel Caires – BB/Brumado
Essa foi uma greve com enormes dificuldades, mas que mostrou sua força com a disposição dos bancários em participar da luta. Em um momento marcado por ataques aos direitos dos trabalhadores, a paralisação fez as propostas avançarem e pontos importantes foram mantidos e assegurados por dois anos – uma forma de proteção dos nossos direitos dentro do Acordo Coletivo Aditivo. Garantimos um aumento real para 2017, ano em que a situação deve ficar ainda mais difícil.
Júlio Cesar Xavier – CEF/Mongóios
Foi uma greve longa, com 31 dias de paralisação, que levou muitos bancários para a rua mostrando a força da categoria, reafirmando o slogan “Só a luta te garante”. Tivemos ganhos com o abono dos dias parados e a adesão de gerentes do BB na luta. Já as ações da Ordem dos Advogados, tentando inviabilizar a greve e o acordo para dois anos, penso ser perigoso, foram os pontos negativos.
Américo Carregosa – Bradesco/Itapetinga
Os banqueiros tentaram vencer a categoria pelo cansaço, mas foram vencidos, graças à persistência e ao esforço coletivo. Conquistamos um reajuste de 8% e um aumento real para 2017. Embora nem tudo que a categoria defende tenha sido atendido, houve uma vitória diante da política neoliberal que tentam implementar, colocando a classe trabalhadora como o problema do país.