Nilsana Rocha – CEF/Barra do Choça
A PEC 241 tem como objetivo limitar o crescimento dos gastos públicos. O texto determina uma diminuição no crescimento de investimento em áreas de saúde e educação afetando principalmente a população mais pobre que deles depende, desacelerando o progresso socioeconômico, ou seja, é uma política tributária que privilegia a concentração da renda e da riqueza. O reajuste do salário mínimo será feito com base na inflação diferente da fórmula antiga que incluía o PIB, diminuindo o poder de compra ao longo dos anos. Além disso, cria-se um horizonte temporal muito grande para decidir onde o dinheiro deverá ser gasto desconsiderando o crescimento e as necessidades do país.
Carla Saúde – BB/Tanhaçu
O atual governo utiliza o discurso de que é preciso fazer alguns ajustes na economia para que esta volte a crescer. No entanto, os ajustes que tem sido anunciados atingem tão e somente os mais pobres. Não se vê nenhuma reforma que atinja os políticos e suas regalias. Não se discute aqui a existência ou não de uma crise econômica, mas acima de tudo, existem interesses particulares e quem está pagando um alto preço nesta crise são os trabalhadores. Vejo este projeto como um retrocesso nas conquistas que tivemos nos últimos anos. Um projeto feito por uma ‘burguesia’ que não procurou em nenhum momento cuidar dos direitos constitucionais da sociedade, mas sim retirar o pouco que ainda sobrou da saúde e da educação.
Leonardo Viana – BB/Iguaí
O caráter nefasto desse governo vem à tona com os efeitos da PEC 241 e da proposta de reforma da previdência. A PEC congela os investimentos das estatais, o que vai atingir setores fundamentais como saúde e educação, sucateando o SUS e o ensino público. Por outro lado, a reforma da previdência vai transformar o trabalhador num verdadeiro “burro de carga”, pois vamos ter que trabalhar mais tempo e contribuir mais para poder aposentar. O governo quer que apenas trabalhadores e pobres paguem por toda crise e desemprego que assolam o país, enquanto protege grandes empresários e rentistas.