Bancários e bancária comentam sobre a proposta do governo Temer que quer desmontar a Previdência Social do país.
Róger Róner Machado
CEF/Bairro Brasil
Me sinto ameaçado pela proposta do governo Temer que busca alterar os nossos direitos previdenciários. Até o ano passado, eu teria que trabalhar até os 55 anos para me aposentar. Com as alterações propostas, terei que trabalhar até os 69 anos para ter direito à aposentaria integral, ou seja, esse projeto é um absurdo. Partindo de um cidadão que se aposentou aos 55 anos com salário de cerca de R$ 30 mil, é uma agressão a toda sociedade brasileira. Essa é uma atitude típica de um governo golpista e que não respeita a classe trabalhadora desse país.
Marcília Meira
BB/Vitória da Conquista
Como bancária, com 23 anos de banco e vislumbrando aposentadoria em pouco tempo, sinto as dificuldades de jornadas múltiplas de trabalho. Nós, mulheres, lutamos por igualdade de direitos, sim, mas também não deixamos de lado a igualdade de deveres, temos que estudar, trabalhar, cuidar de casa e dos filhos. O governo tenta copiar modelo de previdências de países desenvolvidos, onde a população tem outra estrutura de vida, com acesso a boas assistências de saúde, educação e qualidade de vida, o que não irá funcionar aqui com os serviços que nos são oferecidos.
Wolney Soares
Santander/Vitória da Conquista
- O governo está sendo a favor de um retrocesso e isso é inadmissível. Não tem como ser exigida a contribuição de 49 anos para se obter aposentadoria integral, da mesma forma que não há o menor sentido em o trabalhador rural estar em atividade até os 65 anos para conseguir o benefício. Hoje, estamos acompanhando homens e mulheres lutando por direitos que já foram conquistados. Essa reforma previdenciária representa vários passos para trás e, com certeza, novos ataques virão. Se não brigarmos por nossos direitos agora, lidaremos com muito mais retrocesso.