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Fala, bancário: Reforma na Previdência

""Cícero Rocha – CEF/Mongoiós

A cada mudança, a Previdência reduz e sangra o bolso do trabalhador. O governo é incompetente na administração e quem paga a conta mais uma vez somos nós. Novamente seremos sacrificados, pagaremos pela   corrupção, desvios e toda a roubalheira. Os  juros pagos pelo governo aos bancos seriam suficientes para custear o rombo da previdência, investir mais em educação, saúde, segurança, saneamento, moradia, melhores condições de trabalho. Com essas mudanças tenho que adiar minha aposentadoria. É impossível suportar toda essa perda no salário, que já sofre com a alta da inflação.

 

""Miguel Ribeiro – BB/Vitória da Conquista

A Previdência é um segmento da seguridade social destinado a estabelecer um sistema de proteção social, com objetivo de proporcionar meios de subsistência aos cidadãos. As mudanças propostas são preocupantes, pois sempre vêm para dificultar as aposentadorias e também para diminuir direitos da população em geral. Alongar as aposentadorias no Brasil pode ser perigoso. A realidade brasileira é completamente diferente dos países desenvolvidos e não se pode aplicar as leis de lá aqui. Vislumbramos que isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. A classe trabalhadora tem que se articular para acompanhar de perto o que pode acontecer para diminuir os impactos.

“Segundo Oliva (2013), as alterações sofridas pela previdência social com as reformas promovidas pelas Emendas Constitucionais 20/98, 41/2003, 47/2005 e 70/2012, trouxeram consequências aos contribuintes. Isso se deu também devido ao aumento da expectativa de vida, elevando assim o limite de idade para a aposentadoria.”

Vimos muitas mudanças para melhor ao longo de algumas décadas. Quando o governo federal amparou os idosos dando-lhes um salário mínimo, foi importante por ter dado uma condição dessa população sair da linha da miséria. Portanto é preciso ter cuidado, pois este retrocesso poderá acarretar o aumento dos miseráveis no país, lembrando que as oportunidades e padrões de vida dos europeus são diferentes de nossa realidade, cabe a nós enquanto cidadãos lutar pela preservação de nossos direitos. O homem trabalha durante muito tempo e é um direito consagrado ter um dia um descanso. Sabe-se que a partir de certa idade, por questões biológicas, o homem naturalmente cai o seu poder produtivo e obviamente necessita descansar após ter contribuído com sua mão de obra no mercado de trabalho para construção do país. Alongando tanto esse tempo, o governo poderá estar aposentando defuntos.

 

""Giovania Souto – Bradesco/Maximiliano Fernandes e diretora para Assuntos de Gênero

O Fator Previdenciário já é complicado. Você contribui em cima do máximo e não recebe pelo que contribuiu. E para piorar, a contribuição não é opcional. Outra questão é como isso vai afetar nos empregos. Dificilmente as empresas aceitam trabalhadores na faixa de 60/65 anos, pois justificam isso visando a produtividade. Tornar a aposentadoria mais tardia vai interferir no surgimento de novos empregos. Com essa mudança da idade terei que esperar mais 10 anos para me aposentar. Se todos os trabalhadores não estiverem mobilizados, mais uma vez a corda vai estourar para o lado do trabalhador.

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