Servidores municipais, aposentados e demais clientes do Itaú seguem expostos nas longas filas em frente às agências. A aglomeração é resultado da falta de estrutura física e funcionários para atender a atual demanda do banco na cidade.
Neste ano, a folha de pagamento de mais de oito mil servidores da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista foi transferida para o banco Itaú. Apesar da gestão municipal alegar não ter responsabilidade sob o transtorno causado, o processo de mudança envolve processos que tornam imprescindível a ida até a agência. Além disso, o contingenciamento do setor de entrega atrasou o recebimento de muitos cartões.
Desde março, no início da pandemia, todos os bancos da cidade estão trabalhando com atendimento reduzido e um quadro de pessoal pequeno. Isso tem acontecido porque muitas bancárias e bancários estão em sistema de home office, por fazer parte ou conviver com pacientes de risco. Uma situação como essa já seria complicada em uma rotina normal, com a ampliação repentina de clientes, se torna impossível.
Enquanto a prefeitura fecha os olhos para a falta de estrutura do Itaú em assumir tal demanda, o banco amplia seu lucro, sem possuir a menor condição para garantir um bom atendimento para os novos clientes. A categoria bancária é quem passa a assumir uma jornada de trabalho ainda mais exaustiva, com atendimento até às 19h, como relata a população.
Precarização e falta de estrutura
No ano passado o Itaú reduziu o número de agências na cidade, com o fechamento da agência que ficava localizada no bairro Brasil, sobrecarregando as outras duas que restaram. Para piorar a situação, nos últimos dois anos foram demitidos treze bancários, só em Vitória da Conquista. Mesmo com a alta lucratividade, o banco segue com o projeto de aumentar seus rendimentos à custa da exploração de seus funcionários.
Confira o vídeo com o Presidente do Sindicato dos Bancários, Leonardo Viana: