Após a entrega da pauta de reivindicações no dia 11 de agosto e das várias rodadas de negociações entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, os banqueiros resolveram apresentar somente na sexta-feira (dia 19) uma contraproposta global.
Serão incluídas as cláusulas econômicas, para que sejam avaliadas pelos bancários, mas se nas rodadas anteriores os bancos simplesmente negaram todas as demandas e alegaram desconhecer vários dos problemas que a categoria vem sofrendo, o que se espera agora é que o reconhecimento do trabalho do bancário venha em forma de percentuais justos e da aceitação das principais reivindicações.
Até então, o Comando Nacional, que é formado pela Contraf e por diversas federações de bancários do Brasil, não indicou uma data limite para indicar uma greve nacional.
Caso a proposta da Fenaban não contemple as solicitações da categoria, a diretoria do Sindicato de Conquista e Região acredita ser fundamental que a greve comece antes das eleições gerais, que acontecem no dia 5 de outubro.
A hora é agora
O SEEB/VCR se posiciona contra o adiamento das paralisações, e reforça seu caráter apartidário, independente de alianças políticas. “A data da greve já deveria ter sido marcada após a ultima rodada de negociações, quando os bancos não ofereceram nada à categoria. As eleições nos dão uma oportunidade ainda maior de pressionar o Governo, que também é patrão, para conquistarmos melhores condições de trabalho. O movimento sindical deve priorizar os interesses dos trabalhadores independente da questão partidária, por isso não concordamos com qualquer tentativa de paralisação somente após as eleições”, afirma o presidente do Sindicato, Paulo Barrocas.