Na rodada de negociação desta terça-feira (27/8), a décima da campanha salarial 2024, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) manteve a postura de tentar impor perda salarial à categoria. Após horas de debates, os bancos propuseram reajuste de 100% do INPC, mas só a partir de janeiro de 2025, o que representaria uma economia de cerca de R$ 1,2 bilhão para os cofres das empresas, às custas do prejuízo dos funcionários.
“Isso seria uma transferência de renda, de recursos da categoria para os bancos. Teríamos perdas nos salários, tíquetes, PLR e outros direitos.Um absurdo! Então, nós decidimos convocar assembleias e plenárias para o dia 4 de setembro, além de manter a mobilização da categoria nos próximos dias”, informou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, integra ao Comando Nacional dos Bancários.
O Comando rejeitou a proposta e as negociações continuam nesta quarta-feira (28), em São Paulo.
Participaram também da reunião, o presidente em exercício do Sindicato da Bahia, Elder Perez, e o presidente do Sindicato de Sergipe, Adilson Azevedo.
Confira as principais reivindicações da categoria:
– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
– Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
– Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
– Mais mulheres na TI;
– Combate à terceirização e garantia de empregos;
– Jornada de trabalho de quatro dias;
– Ampliação do teletrabalho.
Fonte: FEEB/BA-SE.