Nenhuma proposta. Essa foi a resposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para o Comando Nacional dos Bancários durante a reunião ocorrida na última terça-feira (13).
Vale ressaltar que, há quase dois meses, desde 18 de junho, a categoria bancária apresentou a sua pauta de reivindicações. A falta de retorno sobre as cláusulas econômicas não se justifica, pois, somente os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander), já lucraram mais de R$ 50 bilhões no primeiro semestre deste ano.
Entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Infelizmente, todo esse resultado é fruto da exploração dos bancários, que vivenciam uma realidade de intensa precarização do trabalho, corte de direitos, demissões, fechamento de agências, metas abusivas e assédio.
Reflexo disso é que a categoria aparece, mais uma vez, como uma das que mais adoece em decorrência do trabalho. Segundo pesquisa, os bancários respondem por 3,7% dos afastamentos acidentários e 1,5% dos afastamentos previdenciários.
A Fenaban informou que vai apresentar, durante a reunião da próxima semana, as propostas sobre as cláusulas sociais sobre igualdade de oportunidades, mulher na tecnologia, calamidades naturais, LGBTQIA+, violência contra a mulher, saúde mental, direito à desconexão, jornada de 4 dias, emprego e terceirização, além das questões econômicas.
Novas negociações estão agendadas para a próxima terça e quarta-feira (20 e 21).