Na semana passada, dia 25, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e a diretora de Saúde e Previdência da Federação, Fabiana Matheus, apresentaram à presidência da Caixa os resultados da pesquisa Saúde do Trabalhador da Caixa 2018 e um conjunto de propostas para melhorar as condições de saúde dos empregados. Participaram da reunião o presidente do banco, Nelson Antonio de Souza, o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Marcos Jacinto, o diretor-executivo de Gestão de Pessoas, Roney Granemann, e o gerente nacional de Gestão de Pessoas, Edgard Rodrigues Amaro.
A pesquisa encomendada pela Fenae mostra que 1/3 dos bancários teve problemas de saúde relacionados ao trabalho nos últimos 12 meses. Sujeitos a sobrecarga e a um modelo de gestão que estimula o assédio, em 60,5% dos casos, os empregados tiveram doenças psicológicas ou causadas por estresse. Os dirigentes da Fenae cobraram a adoção de medidas concretas, como a contratação de mais empregados, realização de oficina conjunta (Contraf/Caixa) conduzida por especialistas para diagnosticar os problemas e traçar ações de promoção e prevenção para saúde mental, entre outros pontos.
Na avaliação do presidente da Fenae, é urgente que a Caixa reveja suas práticas de gestão e que perceba o quanto a própria produtividade é impactada negativamente pelo adoecimento dos empregados. “São muitos os casos em que os trabalhadores sofrem em silêncio, têm receio de demonstrar seu sofrimento, temem perder suas funções, e o que prevalece é a cobrança para atingir as metas. A Caixa precisa rever esse modelo”, diz Jair Ferreira.
Foram apresentados ainda os dados que indicam a elevada presença da prática de assédio moral e os números preocupantes de casos de suicídio. O presidente da Caixa, Nelson Antonio de Souza, reconheceu a importância da pesquisa realizada pela Fenae para a identificação dos problemas que acometem os trabalhadores e assumiu o compromisso de analisar as propostas e buscar a melhoria das condições para a categoria.
“Em geral, o pessoal das agências, da região sudeste e também os que entraram depois de 1998 estão sofrendo mais. As mulheres, em especial, estão mais suscetíveis ao peso da pressão e do assédio moral. Todas essas particularidades merecem atenção da direção da Caixa”, afirma Fabiana Matheus.
Saiba mais sobre a Pesquisa Saúde do Trabalhador da Caixa.
Fonte: Fenae