A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, declarou durante entrevista coletiva na quarta-feira (4) que a economia mundial deve registrar uma sensível desaceleração ao longo deste ano.
Ela apontou a rápida disseminação do coronavírus no mundo como principal causa do frágil desempenho e informou que o FMI deve rever as estimativas para a produção no globo nas próximas semanas, com a convicção de que a taxa de crescimento em 2020 ficará bem abaixo dos níveis do ano passado.
“Os 189 países membros do FMI estão unidos para enfrentar os desafios globais relacionados à epidemia de Coronavírus (Covid-19). O impacto econômico e financeiro também foi sentido globalmente, criando incertezas e prejudicando as perspectivas de curto prazo”, disse o fundo por meio de nota divulgada quarta.
Em janeiro, o FMI havia estimado o crescimento global de 2019 em 2,9% e o de 2020 em 3,3%. Em fevereiro, o Fundo disse que o surto poderia reduzir 0,1 ponto percentual do crescimento de 2020, mas as declarações de Georgieva sugerem que a nova previsão ficará abaixo do índice registrado no ano passado.
Não é uma boa notícia para a economia brasileira, que no primeiro ano do governo Bolsonaro afundou um pouco mais no pântano da estagnação, conforme as últimas estatísticas do IBGE. O pibinho per capita oscilou 0,3%, desempenho que explica a persistência do desemprego em massa, com cerca de 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras procurando emprego, outros 5 milhões no desalento (que já nem frequentam o mercado de trabalho) e 39 milhões se virando na informalidade.
Fonte: CTB