Aproxima-se a Campanha Salarial dos Bancários 2015 e, como de costume, não conseguiremos nada dos patrões e do governo sem muita luta, sem uma mobilização em massa.
O que há de estranho neste acontecimento é o fato de a reivindicação pelo cumprimento dos nossos direitos parecer aos patrões como usurpação do seu patrimônio, diga-se de passagem construído pelos trabalhadores.
Diante do cenário nacional de cortes de direitos da classe trabalhadora, entendemos que não apenas a mobilização individual é necessária, mas, sobretudo, o apoio a toda e qualquer forma legítima de manifestação, pois a reivindicação popular é extremamente importante para catalisar as mudanças que queremos ver.
O processo de mobilização começa quando ampliamos nossa visão acerca do assunto, que deve ser entendido como um processo efetivo de mudança e não apenas um projeto futuro. As manifestações não são apenas eventos, elas têm papel fundamental para criar este sentimento de que todos estamos juntos.
É preciso gerar nos patrões e no governo este desconforto, esta tensão, para que entendam que a mobilização pode gerar mudanças sociais significativas.
Larissa Couto
Diretora de Cultura e Formação Sindical