A Funcef anunciou, na semana passada, que deu início a estudo para a elaboração do Plano de Investimentos e Desinvestimentos da Carteira Imobiliária.
A entidade busca se adequar às diretrizes exigidas pela Resolução CNM 4661/2018 que determina que os fundos de pensão têm 12 anos, contados a partir de maio de 2018, para se desfazer de seus imóveis optando pela sua venda ou incorporação em fundo imobiliário. Essa parcela imobiliária do patrimônio da Fundação alcançou, em 2018, cerca de R$ R$ 6 bilhões e rentabilidade de 9,99% ante meta de 8,09%.
A Fundação pretende fazer uma revisão de toda a carteira, ativo por ativo, por segmento, por plano de benefício e montar a estratégia para migrar para fundos ou fazer uma desmobilização. Na prática, é preciso fazer uma avaliação criteriosa das ações. Na Funcef, em especial, porque parte dos imóveis são locados à própria Caixa, ou seja, há renda de aluguel e de valorização do próprio imóvel.
Com a gestão atual da Funcef, dada a política de alocação de recursos, as operações tenderiam a títulos públicos o que significa menos dinheiro para a economia real e rentabilidade em queda levando em consideração a esperada redução da taxa de juros.
Espera-se transparência durante o processo, já que as informações contábeis é uma das principais deficiências da Funcef.
“É preciso cautela para que não se tomem medidas precipitadas que acabem prejudicando os participantes. O debate da política de investimentos merece passar pelos participantes, parte dos quais ofertante de investimentos e aplicações em razão de sua atividade profissional”, alerta a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.
Fonte: Fenae