O Conselho Deliberativo da Fundação Itaú-Unibanco aprovou, nesta segunda-feira (29), a distribuição de R$ 483,8 milhões do excedente do Plano CD aos participantes do plano Itaubanco CD. Serão de 60% para participantes e 40% patrocinadora.
O valor representa um incremento de 5,6% do saldo aplicado pelo patrocinador em outubro. O crédito já será feito em novembro e visualizado no extrato de dezembro.
Também será permitido aos assistidos que já realizaram saque único, efetuar um novo saque de até 25% sobre o valor do excedente de 2021, no mesmo percentual do primeiro realizado.
“A novidade é que, em decorrência da crise e dificuldades econômicas pelas quais o país passa, a fundação vai autorizar o saque de 25% referentes aos 5,6% de incremento”, informou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.
A representação dos trabalhadores também colocou em pauta a discussão para que a fundação e a patrocinadora busquem um projeto de subsídio para os aposentados. “É importante pensarmos em possibilidades de empréstimos com taxas reduzidas e convênio médico, que come boa parte da renda dos aposentados”, informou Erika Godoy, que é conselheira deliberativa da Fundação, eleita pelos participantes.
Histórico de luta
Em 2008, a Contraf-CUT e os conselheiros eleitos iniciaram um processo negocial visando resolver as distorções existentes nos diferentes planos de aposentadoria complementar (PAC) do banco. A negociação foi concluída em 2010, quando foi feito o processo de migração e adesão ao novo plano: Itaubanco CD.
Na época as reservas foram proporcionalizadas e individualizadas para todos que fizeram a adesão. Instituiu-se o direito à pensão, inexistente nos planos PAC. Garantiu-se também a contribuição de um valor extra por parte da patrocinadora nas contas individualizadas. Com isso, instituiu-se um benefício mínimo, o que não existia no PAC, visto que em muitos casos o benefício no PAC era zero.
Mais de 20 mil trabalhadores fizeram a adesão ao Itaubanco CD e com isso abriu-se a possibilidade de também fazerem contribuições para esse novo plano, incrementando assim suas reservas individuais.
Com a individualização das reservas surgiu também a possibilidade do mecanismo de portabilidade, onde o participante, ao desligar-se da empresa, pode optar por levar suas reservas para outro fundo.
“Foi uma longa negociação do movimento sindical com a fundação. A primeira distribuição foi em 2016, agora será zerado este saldo com a redistribuição linear do restante deste valor entre os participantes ativos, assistidos, Bpd e auto patrocinados”, explicou o coordenador da COE/Itaú.
Fonte: Contraf.