A direção da Caixa Econômica Federal inicia o ano desrespeitando seus funcionários. Mais uma vez, o anúncio de um Plano de Demissão Voluntária foi anunciado primeiro na imprensa nacional e sem nenhuma discussão com bancários ou seus representantes. Segundo informações do Estadão, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, anunciou o novo PDV, que deve ter início ainda neste primeiro trimestre.
Os ataques do governo contra o banco se intensificam a cada dia. O objetivo destes planos de incentivo, que vêm sendo executados é diminuir ainda mais o quadro de funcionários do banco, tendo em vista que não houve nenhuma contratação neste período, facilitando uma possível privatização da empresa, que ainda é 100% pública.
A CEF hoje tem cerca de três mil funcionários próximos da aposentadoria. A estratégia foi usada duas vezes no ano passado, com quase de 12 mil desligamentos, reduzindo o quadro para pouco mais de 88 mil funcionários. O resultado disso é sobrecarga de trabalho para a categoria e um serviço precário para a população, mesmo com de todo os esforços dos bancários para atender a demanda.
Segundo relatório do Ministério Público do Trabalho, publicado no ano passado, a CEF, em 2015, teve um aumento significativo na concessão de benefício acidentário. De 2012 a 2016 foram 109 reclamações trabalhistas relativas a adoecimento, acidente de trabalho e benefício acidentário, só na Bahia.
Neste cenário, o caminho é a defesa da CEF, como aponta Luiz Carlos Flores, diretor do SEEB/VCR. “Temos passado por um processo de destruição do patrimônio público para ser entregue ao setor privado. Nessa batalha desonesta, onde empresários estão à frente com seu alto poder de influência política, o alvo é a gestão de benefícios sociais que hoje são geridos pela CEF. As mudanças no estatuto e no normativo do banco nos reforçam o objetivo privatista do governo. Nós bancários temos que nos unir com a população pela defesa da manutenção de uma Caixa Econômica pública, por mais contratações e melhores condições de trabalho”, ressalta.
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