A greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) obrigou a estatal a suspender o programa de demissões iniciado no começo do ano, segundo matéria do portal de tecnologia Tilt, do UOL.
De acordo com a matéria, a empresa foi obrigada a cumprir a Lei de Greve (7.783/89), que proíbe demissões ou novas contratações para substituir os grevistas durante paralisações.
A Dataprev está na lista de empresas públicas que o governo de Jair Bolsonaro quer privatizar e para facilitar o processo de venda pretende reduzir a força de trabalho em 15%, isso significa a demissão de 494 dos 3,36 mil trabalhadores.
Os servidores reivindicam que esses trabalhadoras sejam remanejados para o INSS, que precisa de mão de obra para processar os cerca de 2 mil pedidos de benefício social, como os da aposentadoria, que estão na fila de espera e os novos requerimentos.
Ainda segundo a matéria do UOL, 13 empregados da unidade de Sergipe, uma das 20 que a estatal quer encerrar, já foram informados pela Dataprev que as demissões estão canceladas.
A Dataprev planeja encerrar até fevereiro da unidades do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A Dataprev é uma das principais empresas de tecnologia da informação do país e é responsável pelo processamento de dados de políticas sociais do governo, como benefícios previdenciários e liberação do seguro desemprego.
Fonte: CUT.