A primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e os representantes da Federação Nacional dos Bancos, ocorrida na última quinta-feira (28), pode ser o indicativo das dificuldades que teremos para renovar o nosso Acordo Coletivo e conquistar nossas reivindicações.
Além de não aceitar realizar a assinatura do pré-acordo, que garantiria a continuidade dos direitos que já temos – a exemplo da participação nos lucros, auxílio-creche ou a gratificação semestral -, os banqueiros mandaram seus representantes apenas para demonstrar que esta conjuntura política e econômica do Brasil, conduzida por um governo corrupto e ilegítimo, favorece ainda mais a exploração dos trabalhadores.
Se a estratégia dos banqueiros será de aproveitar a taxa do desemprego, que atinge grande parte da população brasileira e faz os níveis de renda cair drasticamente, criando um clima de terrorismo, visando a desmobilização da categoria no momento mais importante das nossas lutas por melhores condições de trabalho, teremos que inverter esta lógica.
Apesar de toda a crise econômica e social que vivemos, as instituições financeiras nunca lucraram tanto no país. Privilegiadas pelas políticas econômicas governamentais, exploram bancários e clientes, garantindo assim que seus rendimentos nunca diminuam.
A categoria precisa agora assumir seu papel de protagonista na relação entre os patrões e quem verdadeiramente produz o lucro. Ou enfrentamos de forma vigorosa e firme os ataques que virão ou poderemos perder tudo que ainda temos por direito