Depois das especulações quanto à venda das atividades do HSBC, as más notícias foram confirmadas nesta terça-feira (09). O banco britânico anunciou que, até 31 de dezembro de 2016, estará encerrando suas atividades no Brasil, mantendo apenas uma “participação modesta” no país para atender a grandes clientes corporativos. Segundo o comunicado do banco, as mudanças fazem parte de um plano de reestruturação que objetiva concentrar sua atuação na Ásia, principalmente na China e na Índia.
O número de demissões ainda não foi confirmado pelo banco, mas, segundo a rede CNN, a BBC, a Reuters e o jornal The New York Times, a instituição financeira vai encerrar cerca de 50 mil postos de emprego, sendo 25 mil no Brasil e na Turquia.
Atualmente, no Brasil, o HSBC tem mais de 21 mil funcionários divididos por 853 agências em 531 municípios, 452 postos de atendimento bancários, 669 postos de atendimento eletrônico e 1.809 ambientes de autoatendimento, com 4.728 caixas automáticos. Número que já vem sendo reduzido desde 2011 e que, até 2014, acumulou um total de cortes em 40 mil postos de trabalho, para reduzir os custos e concentrar o grupo nas atividades consideradas estratégicas.
Para a diretora Representante na Federação Sarah Sodré, a saída do HSBC do país deve prejudicar os trabalhadores. “A venda do banco será prejudicial para os funcionários, que correm o risco de perder seus postos de trabalho ou de serem transferidos compulsóriamente. Temos que nos mobilizar para reduzir ao máximo o prejuízo dos bancários, garantindo seus direitos”, afirma.