Na segunda reunião específica ocorrida na manhã desta sexta-feira (14) com a Contraf-CUT, os sindicatos dos bancários de Curitiba e São Paulo e a Federação dos Bancários de São Paulo e São Paulo e Mato Grosso do Sul, a direção do HSBC reiterou o compromisso assumido ontem (13) de que as demissões de funcionários estão suspensas enquanto durarem as negociações. Nova reunião foi marcada para as 11h da próxima terça-feira (18), na capital paulista.
O diálogo foi agendado na quarta-feira (12) pelo banco depois do envio de um ofício da Contraf-CUT e após as paralisações de centros administrativos e agências do banco inglês em Curitiba, São Paulo e várias cidades do Brasil e da audiência de mediação promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná.
Os representantes do HSBC ficaram de analisar a proposta dos dirigentes sindicais de suspender novas dispensas, reverter as demissões ocorridas e apresentar a relação completa de todos os demitidos.
"Temos informações de que foram dispensados inclusive colegas com estabilidade pré-aposentadoria ou prestes a adquiri-la, mulheres grávidas, afastados por motivos de saúde e portadores de doenças crônicas", afirma Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e funcionário do banco.
"Com a apresentação dessas informações, garantimos na mesa de negociação que, além da suspensão de novas dispensas enquanto durarem as negociações, o HSBC fará a revisão e a reversão imediata dessas demissões irregulares. O banco também se comprometeu a trazer uma relação completa de todos os demitidos", destaca Alan.
Além disso, os representantes do banco reafirmaram que não existe intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Eles também negaram novamente os boatos de que o HSBC cogita deixar o Brasil, ressaltando que a matriz do banco fez recentemente uma capitalização de R$ 1 bilhão na filial brasileira, demonstrando o interesse de permanecer operando no país.
"Esperamos que as negociações avancem na próxima terça para que os bancários do HSBC possam voltar a trabalhar sem o medo de novas dispensas e com melhores condições de trabalho", salienta Alan. "Se o HSBC quiser crescer no Brasil, o caminho é a preservação do emprego, a valorização dos funcionários e a melhoria do atendimento aos clientes", conclui o diretor da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT