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Inadimplência como um grande negócio

A agenda ultraliberal avança à medida que a miséria cresce e a classe média se endivida. O Brasil é um exemplo do quão perverso o sistema é. Com o custo de vida elevado, milhões de pessoas precisam recorrer a empréstimos. Com taxas de juros abusivas, muitos terminam em uma bola de neve e o ultraliberalismo cada vez mais fortalecido com o sufoco financeiro da população.

Para se ter ideia, em fevereiro, 68,76 milhões de brasileiros estavam inadimplentes. O número equivale a 41,5% dos adultos, aponta o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

O valor médio devido é de R$ 4.650,21. Cerca de 43,93% dos brasileiros inadimplentes devem até R$ 1.000,00 e 30,32% devem até R$ 500,00. A faixa etária mais comum entre os endividados é de 30 a 39 anos, que representa 17,03 milhões de pessoas (23,81% do total). Quanto ao gênero, há uma leve diferença entre homens e mulheres, 48,92% e 51,08%, respectivamente.

Entre as regiões, o Centro-Oeste apresentou alta de 10,41% no índice de adultos inadimplentes. Depois aparece o Norte (5,92%), seguido pelo Nordeste (4,28%), Sudeste (4,13%) e Sul (2,06%).

Custo de vida inalcançável

Viver com dignidade se tornou um luxo diante do avanço das forças ultraliberais em todo o mundo. A agenda impõe um modo de vida cada vez mais caro e difícil de alcançar, empurrando milhões de pessoas para o endividamento e a miséria.

No Brasil, apesar dos avanços alcançados pela democracia social, é possível perceber nitidamente o problema, sobretudo com um Congresso Nacional controlado pelas elites brancas, colonialistas e reacionárias, dispostas a boicotar os projetos que beneficiem o povo, para atender a agenda ultraliberal.
Segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2024, uma família de quatro pessoas precisaria de pelo menos R$ 6.192,69 para suprir as necessidades básicas – mais de quatro vezes o atual salário mínimo.

Enquanto a renda da população se mantém achatada, os juros abusivos praticados pelos bancos fazem da dívida um ciclo sem fim. O estrangulamento da classe média e o aprofundamento da miséria são, na prática, parte de um modelo econômico que se fortalece com a precarização da vida.

Fonte: Bancários Bahia.

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