Manifestações dos bancários em todo país pressionaram pela manutenção da Caixa 100% pública.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior, anunciaram, no último dia 08, que a CEF será mantida como empresa 100% pública, tendo abertura de capital apenas na parte de seguros gerida pelo banco.
O primeiro anúncio sobre negociação de ações da CEF na Bolsa de Valores aconteceu em dezembro de 2014, levando trabalhadores de todo o país a se manifestarem contra a privatização do banco, que desempenha um papel social e funciona como agente regulador da economia. Foram duas grandes mobilizações que levaram os bancários da base a paralisarem as atividades, recorrendo a cartazes e camisetas em favor da CEF 100% pública, e intervirem em redes sociais.
Todavia, apesar do comunicado feito por Levy, será fundamental que a presidente Dilma, quem primeiro fez o anúncio sobre a abertura do capital, se manifeste oficialmente sobre o assunto. Até que isso aconteça, é preciso manter o alerta e as mobilizações.
Para o diretor Arnaldo Prates, manter a Caixa 100% pública foi uma vitória dos trabalhadores, que se mobilizaram em defesa da Instituição. “Não concordamos com a venda de nenhuma parte de empresas públicas, mas diante do cenário político e econômico, a mobilização dos trabalhadores foi fundamental para garantir que a Caixa continue cumprindo seu papel social”, destaca o diretor.
Apesar de investigada na operação Lava Jato, por possível envolvimento em fraudes de contratos com empresa de publicidade, beneficiando parlamentares, a Caixa não pode ser penalizada pelos erros cometidos por seus diretores. É preciso investigar e punir os envolvidos, mas preservar a integridade da empresa pública.