O Banco de Brasília (BRB), que anunciou, no final de março, a compra de uma fatia relevante do Banco Master, encerrou o ano de 2024 com lucro líquido recorrente de R$ 282 milhões, o que representa um crescimento de 40,9% ante 2023. Os ativos totais alcançaram R$ 61 bilhões no ano passado, um avanço de 24,1% no comparativo anual. As captações somaram R$ 54,4 bilhões, com crescimento de 23,8% ante o ano anterior.
O BRB encerrou 2024 com um patrimônio líquido de R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 43,5% ante 2023. A base de clientes do BRB alcançou 8,9 milhões de pessoas ao final do ano passado, uma expansão de 17,4% na comparação com 2023. Esse crescimento foi acompanhado de um aumento na margem financeira, que totalizou R$ 3,1 bilhões, representando um avanço de 15,1%. O BRB encerrou 2024 com 1.042 pontos de atendimento distribuídos no Distrito Federal e em mais 19 Estados.
A carteira de crédito atingiu R$ 43,1 bilhões, um aumento de 20,2% ante 2023. No segmento pessoa física, a carteira registrou um aumento de 19%, impulsionada pelo crescimento do crédito consignado, que expandiu 27%. A carteira de crédito rural teve avanço anual de 38,9%. A carteira imobiliária, por sua vez, passou a representar 27,9% do total da carteira de crédito, um aumento de 2,1 p.p. no período.
“O BRB permanece focado em diversificar seu portfólio, ampliar sua base de clientes e consolidar-se como um banco público líder no desenvolvimento econômico e social das regiões onde atua”, afirma a instituição no seu release de resultados.
Banco Master
O BRB anunciou no último dia 28 a compra de uma fatia relevante do Banco Master. O negócio está estimado em cerca de R$ 2 bilhões. A operação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração do BRB. De acordo com as informações divulgadas pelo banco público, controlado pelo governo do Distrito Federal, serão adquiridas 49% das ações ordinárias (com direito a voto) do Master e e 100% das ações preferenciais (sem direito a voto). Os dois bancos continuarão operando separados, mas a marca será apenas a do BRB.
O Ministério Público (MP) de Contas do Distrito Federal abriu uma investigação sobre o negócio. O MP pediu que o BRB detalhe informações do caso e envie a íntegra do processo interno que autorizou a aquisição.
Em entrevista ao Estadão, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que a operação foi técnica, sem ingerência política, e com a análise de carteiras e produtos do Master que representavam sinergia com os interesses do banco público.
Fonte: Estadão