A situação é tão recorrente que não é mais novidade: o Itaú Unibanco, maior banco da América do Sul, alcança recordes em lucratividade. Mesmo em meio à crise nas esferas política e econômica do país, o banco registrou uma arrecadação de R$ 11,942 bilhões entre os meses de janeiro e junho deste ano, o que significou uma alta de 25,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Todo esse lucro dos bancos é atingido pelo esforço dos trabalhadores, quase sempre adoecidos pela sobrecarga de serviços em suas rotinas diárias. A instituição financeira também sabe disso, só que não se importa a qual custo é alcançado esses números. Prova disso é que, em meio a lucros exorbitantes, o Itaú vem reduzindo o quadro de funcionários em suas agências.
Inaugurada em 2012, a agência do Itaú de Itapetinga, que funcionava com cinco empregados e um jovem-aprendiz, hoje conta apenas com quatro bancários para operacionalizar todas as demandas. Mas a situação não é restrita à realidade de Itapetinga. De junho de 2014 a junho de 2015, o banco reduziu sua carta de funcionários de 87.420 para 85.028, foram 2.392 demissões por todo o país. O problema é que o banco entende a eficiência e produtividade apresentadas pelos bancários como justificativas para não haver mais contratações.
“Em todo interior da Bahia, há 13 agências funcionando com apenas um caixa. Às vezes, os bancários nem conseguem ir ao banheiro ou almoçar. O que não justifica, na verdade, é o tamanho do lucro do Itaú com a exploração que o banco vem impondo ao trabalhador”, denuncia o diretor do SEEB/VCR e bancário do Itaú, Sócrathis Aguiar.
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