Sindicatos de todo o país vem recebendo denúncias sobre as metas abusivas e o uso do descomissionamento como ferramenta de gestão e assédio no Banco do Brasil. Segundo os relatos dos bancários, as metas vêm crescendo exponencialmente a cada semestre, sem que o número de clientes aumente na mesma proporção.
Com isso, os trabalhadores sofrem para cumprir metas imbatíveis, como forma de evitar o descomissionamento, que geraria perdas econômicas e na carreira profissional dentro do banco.
Os casos cresceram no último trimestre, após o fim do acordo negociado pelo movimento sindical, garantindo o não-descomissionamento durante o momento mais crítico da pandemia da covid-19. Com o fim da emergência sanitária, a direção do banco voltou a punir os bancários.
A situação poderia ser pior, pois durante a campanha nacional 2022, o BB insistiu em diminuir de três para um, os ciclos de avalição do GPD. Os representantes dos bancários conseguiram barrar a mudança e estão cobrando a volta da negociação para discutir as metas e condições de trabalho no BB.
A direção do banco deve estar esperando a definição das eleições presidenciais para saber os rumos da empresa. Os funcionários do BB também devem estar atentos para esta questão. Se o modelo atual de gestão se mantiver, as condições de trabalho devem piorar ainda mais, com risco até de privatização do banco.
Fonte: FEEB BA/SE