Uma Sessão Solene com mais de 400 participantes marcou o lançamento da campanha “Não mexe no meu BB” na Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento, ocorrido na quinta-feira (22), mostrou que, além dos funcionários e parlamentares que, literalmente, vestiram a camisa da campanha, mais de 15 milhões defendem o Banco do Brasil e reconhecem a importância estratégica do banco para o desenvolvimento do país.
Articulada pela deputada Érika Kokay (PT/DF) e pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS), a pedido da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb), a sessão contou com a participação de deputados e senadores de diversos partidos, até mesmo do PSL. Todos defenderam o banco e condenaram os ataques desferidos pelo governo Bolsonaro para enfraquecê-lo.
O presidente da Anabb, Reinaldo Fujimoto, destacou a importância da campanha para a defesa não apenas do banco, mas também de outras entidades ligadas a ele. “Sem essa campanha não teremos nem a Cassi, nem a Previ e tampouco as entidades de representação específicas de representação dos funcionários do Banco do Brasil”, afirmou.
Importância da sessão
O representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, que auxilia a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Wagner Nascimento, falou sobre a importância da sessão solene realizada na Câmara. “Nossa tarefa é ir em todos os gabinetes para conversar com os parlamentares e convencê-los da importância do banco para o desenvolvimento do país. Com esta sessão, demos um grande passo nesta direção”, disse. “Os deputados e senadores sabem da importância do banco para seus estados e para suas regiões. Eles podem auxiliar nas negociações, tanto com o banco quanto com o governo”, disse.
“Ajudamos o país a crescer e a se desenvolver em diversos setores. Podemos afirmar, com toda a certeza, que o Banco do Brasil é o motor do crescimento econômico e da geração de riqueza do Brasil”, disse Fujimoto, lembrando que o Banco do Brasil tem quase cinco mil agências, grande parte delas localizadas no interior do Brasil, onde os bancos privados não têm interesse de se instalar.
O presidente da Anabb destacou ainda que o modelo de negócio do BB também dá certo. “Temos gerado resultados satisfatórios para o Tesouro Nacional e aos acionistas privados e com excelentes indicadores de governança atestados pelo Banco Central, pela Corregedoria Geral e pelo Tribunal de Contas da União. Mas, não podemos nos esquecer de que os principais donos do Banco do Brasil são os brasileiros e não os banqueiros”, disse.
Abrangência da campanha
Fujimoto informou ainda que a campanha “Não Mexe no Meu BB” já atingiu mais de 15 milhões de pessoas pelas redes sociais e anúncios em diversos meios de comunicação. Vídeos da campanha, de aproximadamente 30 segundos cada um, foram exibidos durante o dia nos intervalos dos jornais da GloboNews, edições das 10h, 16h e 18h; GloboNews em Ponto e GloboNews em Pauta.
Também presente no ato, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, lembrou que, no mesmo dia, funcionários do banco, apoiados pela Contraf-CUT, federações, sindicatos dos bancários e entidades de representação dos funcionários faziam manifestações em todo o país, no Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi, que inaugurou o calendário de atividades que acontecerá em setembro em defesa do banco e da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.
Pesquisa de opinião
Durante o ato, a Anabb divulgou os resultados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Data-Poder360 para avaliar a percepção dos deputados federais e senadores sobre o Banco do Brasil. Foram entrevistados 297 parlamentares, sendo 40 senadores e 257 deputados, de todos os partidos políticos. Os dados mostram que o parlamento sabe da importância do banco.
A privatização do banco foi rejeitada por 67% dos entrevistados. Apenas 11% são favoráveis, e outros 23% não responderam/não sabem. Na pesquisa, 84% consideram o BB eficiente ou muito eficiente, 15% mais ou menos eficientes, enquanto apenas 4% dizem ser pouco eficiente.
Sobre a relevância do banco na economia brasileira, 77% disseram que é muito importante e outros 16% disseram ser mais ou menos importante. Apenas 4% afirmaram que o BB é pouco importante na economia.
Fonte: Contraf-CUT / Paulo Flores, com informações da Anabb e do PT da Câmara