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Mudança de horário nas agências não resolve o problema das filas, afirma Takemoto

A partir desta segunda-feira (04), toda a rede de agência passará a funcionar das 8h às 15h

Abrir as agências da Caixa duas horas mais cedo é uma medida paliativa e não resolve o problema das filas e aglomerações nas unidades. Essa é a posição da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e de outras entidades que representam a categoria bancária. A abertura de todas as agências das 8h às 14h, a partir desta segunda-feira (04),  foi uma decisão anunciada pela Caixa no fim de semana. A medida já vinha sendo adotada por 1.102 agências desde 22 de abril e, segundo o banco público, visa otimizar o atendimento nas agências.

O presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, lembra que a Federação e as entidades já vinham alertando a direção da Caixa para o problema e fazendo sugestões para amenizar a situação. Segundo ele, a mudança dos horários não resolve o problema das filas. “É fundamental que outros bancos também façam o pagamento do auxílio emergencial. A Caixa está fazendo o papel dela como banco público. Temos cobrado várias medidas como o atendimento por telefone e a campanha para informa a população, mas infelizmente até agora não foram tomadas essas medidas”, afirmou Takemoto.

Uma campanha tem sido reivindicada pela Fenae desde o início do pagamento, para ajudar a população a conhecer mais sobre o auxílio emergencial. “O governo precisa ser responsabilizado em organizar esse atendimento. O clima de indefinição como a suspensão da antecipação da segunda parcela, por exemplo, deixa as pessoas desorientadas e elas buscam as agências da Caixa para buscar informações. Falta por parte do governo também mais campanhas para esclarecer a população”, afirmou.

A secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Fabiana Uehara, também destacou que a rede está sobrecarregada com os atendimentos e destacou a necessidade do envolvimento dos munícipios na batalha contra a desinformação. “Ampliar o atendimento sem ter uma organização das filas não resolve. O ideal é que o aplicativo do Caixa TEM se estabilize e que a Caixa negocie com as prefeituras e municípios para informar e oferecer mais suporte para a população”, afirmou.

As filas mostram a falta de planejamento da Caixa, uma vez que as demandas pelo auxílio emergencial foram maiores que a estimada pelo governo federal. Para a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, o banco está tentando se readequar, mas as medidas podem se tornar menos efetivas pela falta de planejamento do governo. “É um momento importante de união dos trabalhadores junto com as entidades para a gente tentar fazer frente a todas essas adversidades e garantir condições de vida trabalho e saúde para os trabalhadores e para a população”, ressaltou Rita.

Para a conselheira, a falta de informação da população com relação ao auxílio emergencial também poderia ser resolvida com o apoio dos estados e municípios.

Agências abertas aos sábados

Além da mudança no horário, a Caixa tem adotado a abertura aos sábados para atender a população e tentar aliviar as aglomerações das agências. No próximo sábado (09), cerca de 1.200 agências abrirão para a realização do saque do auxílio emergencial. Serão 498 a mais que no último sábado (2), quando a Caixa autorizou a abertura de 902 unidades para atender a população.

A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), enviou ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, na última quinta-feira (30), para protestar contra o trabalho aos sábados realizado pelos empregados e questionar a forma de remuneração sobre a jornada de trabalho no feriado de 21 de abril.

“Ao estabelecer o trabalho em feriados e aos sábados, a Caixa só traz mais desgastes à saúde física e mental dos empregados, que não poderão usufruir do devido tempo de descanso, principalmente quando eles estão na linha de frente do atendimento durante a pandemia”, afirmou Fabiana Uehara, que também faz parte da CEE/Caixa.

A Confederação também cobrou o banco a remuneração de 100% (cem por cento) das horas trabalhadas no feriado de 21 de abril e dos sábados, 25 de abril e 2 de maio, como horas extras e seus reflexos para todos os empregados envolvidos, inclusive os gerentes gerais. Além da relação das agências listadas para funcionar no dia 2 de maio, a quantidade de empregados abrangidos, bem como a relação daqueles que optaram livremente por trabalhar nesse período. “Ademais, cabe lembrar que, pela legislação vigente, o trabalho exercido em feriado deve ser remunerado em dobro”, concluiu a dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Fenae

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