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Mudança no estatuto da Cassi é prejudicial aos associados

Seguindo a onda de retirada de direitos da classe trabalhadora, a gestão do Banco do Brasil colocou em votação a alteração do estatuto da Caixa de Assistência – Cassi, com propostas que incluem mudanças irreversíveis e que restringem a participação dos funcionários na gestão e modificam a forma de custeio.
É importante destacar que a proposição foi elaborada sem debate ou negociação com as entidades representativas dos trabalhadores, sendo colocada de forma autoritária e com grandes prejuízos para os sócios da Cassi. Para piorar a situação, a direção do Banco do Brasil está recorrendo ao assédio moral para influenciar o voto pela aprovação de um estatuto que visa, entre outros retrocessos, um maior controle da Cassi por parte do banco, aumento das contribuições dos associados e redução das contribuições patronais.

O atual modelo da Caixa de Assistência identifica seus integrantes como associados, dando a estes o poder de decisão e torna obrigatórios os repasses de informações sobre as mudanças relevantes. Com a alteração proposta, o associado passa a ser beneficiário, perdendo sua participação na gestão. Além disso, o banco acrescentou também o “Voto de Minerva” ao presidente da Diretoria Executiva, representante do BB, a ser utilizado em todos os casos de empate nas deliberações da Diretoria Executiva.

Outro ponto importante diz respeito à forma de custeio. Hoje o associado arca com 3% – acrescido temporariamente de 1% – e o patrocinador, com 4%. Na nova proposta, a contribuição básica fixada passa a ser de 4,5% para o BB e 4% para os associados, perdendo a proporcionalidade atual de 60/40.

A votação do corpo social acontece entre os dias 24 de setembro e 5 de outubro. “Nós, funcionários do Banco do Brasil, temos que nos atentar que o que está em risco são os nossos direitos e os anos de luta pelo o fortalecimento da Cassi. O que torna a Caixa de Assistência forte é justamente a presença dos trabalhadores em sua gestão, não permitindo que ela siga o modelo dos planos de saúde do mercado. Por isso, enfatizamos: vote NÃO! Precisamos nos organizar e pressionar para que o banco volte a negociar e respeitar os funcionários”, destaca Ludson Queiroz, bancário do BB e diretor do SEEB/VCR.

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