O Observatório Social está em processo de implantação em Vitória da Conquista, e para falar sobre os trabalhos a serem desenvolvidos, conversamos com o diretor de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR e idealizador do Observatório na cidade, Rodrigo Maia.
Qual é o objetivo do Observatório Social? Como ele funciona? O OS é um espaço democrático e apartidário, que reúne o maior número possível de entidades representativas da sociedade civil, com vistas a contribuir para a melhoria da gestão pública, atuando em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos por meio de metodologia apropriada para monitoramento das licitações em nível municipal e de ações de educação fiscal.
Como o Observatório é organizado? O OS é uma franquia social que funciona no município na forma de uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Antes de tudo, é preciso reunir o máximo de pessoas e entidades interessadas, pois será preciso apoio financeiro mensal para a manutenção da sede (incluindo funcionários, etc). Há eleição da diretoria, com mandato de dois anos, não podendo a diretoria ser filiada a qualquer partido político.
O que motiva sua implantação em Vitória da Conquista? A motivação não é exclusiva: há várias pessoas motivadas no país inteiro, porque nada é mais nocivo que a indignação passiva. Alguém realmente acredita que só reclamando nas redes sociais ou caminhando nas ruas resolveremos alguma coisa na política? Claro que estas alternativas são válidas, mas desacompanhada de ações concretas, só servem para acalmar o ego, para passar uma imagem de cidadão exemplar: até políticos corruptos fazem estas duas coisas.
Como o Observatório Social pode atuar na luta dos bancários? Na verdade, prefiro saber o que os bancários podem fazer, na condição de cidadãos, para melhorar a sociedade. Mas o OS pode proporcionar uma conscientização social importante para qualquer tipo de categoria, incluindo a dos bancários, nacionalmente envenenada por conta da influência partidária.
Quem pode participar? O que é preciso fazer? Todos. Cada unidade do OS é integrada por cidadãos brasileiros que transformaram o seu direito de indignar-se em atitude: em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos. São empresários, profissionais, professores, estudantes, funcionários públicos que, voluntariamente, entregam-se à causa da justiça social. Em breve realizaremos uma reunião para decidirmos os próximos passos para a implantação do Observatório.
As opiniões expressas na entrevista não refletem, necessariamente, o posicionamento da diretoria do SEEB/VCR.