Não ao retrocesso

O governo golpista avança sobre os direitos da classe trabalhadora. A PEC que propõe alterar a Constituição Federal para congelar o orçamento público pelo período de 20 anos, promoverá um desmantelamento geral do Estado Brasileiro, sufocando as políticas e os investimentos públicos. O sucateamento da Previdência, Educação e Saúde públicas será consequência inevitável.

Tais ataques ao Estado e aos direitos, conquistados pelas classes trabalhadoras e pela maioria dos brasileiros nos últimos anos, estão servindo como um instrumento de conscientização do povo num momento adequado para o crescimento das ocupações e do sentimento de ilegitimidade do atual governo.

Os trabalhadores ainda permanecem distantes da luta por estarem consumidos pela rotina, presos ao trabalho exaustivo e mal remunerado, e afundados no medo do desemprego e nas incertezas quanto à assistência e à seguridade social. Eles não percebem, ainda, que vivemos um momento crítico, onde as elites reivindicam novamente o controle do Estado.

Os bancos públicos já estão dando sinais desse desmonte com demissões, aposentadorias incentivadas e planos de desestruturação. As consequências serão desastrosas para a sociedade, uma vez que essas instituições não cumprirão sua função social e de reguladores de mercado.
É preciso ir além. É preciso ocupar as escolas, as ruas e principalmente a mídia manipuladora para formar o caráter questionador das classes e não permitir o retrocesso das conquistas históricas.