Se depender da carta compromisso sobre o fortalecimento dos bancos públicos, divulgada pela presidente reeleita Dilma Rousseff, os bancários terão que se mobilizar bastante para fazer com que essas instituições cumpram seu papel. No texto são avaliados apenas os lucros atingidos e os projetos sócio-econômicos conduzidos por esses bancos. A presidente esquece quem tem se sacrificado para atingir metas absurdas, sobrecarga de trabalho, falta de isonomia e uma terceirização cada vez maior dos serviços bancários.
É preciso olhar os bancos públicos pela visão do trabalhador e por sua missão de desenvolvimento econômico e social do país. Mas é preciso avançar também nas questões gerais: salario mínimo do Dieese, fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho, e tantas outras demandas que incluem segurança, saúde, educação, direitos básicos do cidadão e que não estão sendo respeitados pelos governantes.
A eleição passou, e agora começa o trabalho maior, que é cobrar as promessas de campanha e torná-las realidade, além de fiscalizar para que o dinheiro público arrecadado com a cobrança de impostos seja usado para o interesse coletivo. Cabe também às centrais sindicais o papel de mobilizar os trabalhadores para que seus interesses não sejam esquecidos.