Diante da postura decidida dos bancários, a Fenaban decidiu marcar uma nova rodada de negociação para esta quinta-feira (22/10), às 14h, em São Paulo. Os encontros com as direções da Caixa e do Banco do Brasil também foram adiadas.
“A força da greve forçou a Fenaban a aumentar a proposta, mas ela ainda é insuficiente, pois sequer contempla a inflação. Precisamos ampliar a greve amanhã para forçar a apresentação de uma proposta decente. A força do Comando na mesa de negociação é diretamente proporcional ao nível de adesão da greve”, ressaltou o Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e integrante do Comando Nacional dos Bancários.
Emanoel ressaltou também a importância de manter a guerrilha virtual em torno da hastag #ExploracaoNao Tem Perdao.
Bancos podem mais
Longe da crise, o setor bancário continua sendo o mais lucrativo da economia, obtendo lucros fantásticos com a cobrança de altas tarifas e taxas de juros exorbitante dos clientes, além da exploração do trabalho dos bancários. Foram mais de R$ 36 bilhões de lucros apenas no primeiro semestre deste ano, apenas entre os cinco maiores bancos. O crescimento médio dos ganhos foi de 30%.
Por isso, não há argumentos para que os bancos ofereçam uma proposta de reajuste tão rebaixada para os trabalhadores. Eles podem oferecer muito mais que os 8,75% ofertados hoje e devem fazer uma proposta decente que reponha as perdas com a inflação e garanta aumento real para os salários dos bancários.
Com informações da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.