Dados preliminares colhidos pelo Dieese indicam que de 166 negociações de reajustes da data-base setembro, registradas até 10 de outubro, 89,2% resultaram em ganhos acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia a e Estatística (INPC-IBGE).
Trata-se do segundo melhor índice verificado nos últimos 12 meses, atrás somente de maio último. A variação real média dos reajustes de setembro, equivalente à média simples das variações reais de todos os reajustes da data-base, é, no momento, igual a 1,11% acima do INPC.
Ao longo do ano, 86,3% das 12.145 negociações analisadas pelo Dieese conquistaram reajustes com ganhos acima da variação do INPC; 10,3% conseguiram resultados em percentuais iguais ao índice inflacionário; e apenas 3,4% não alcançaram a recomposição das perdas no período.
Na média, a variação real dos reajustes de 2024 é igual a 1,49% acima da inflação.
Incentivado pelo aquecimento do mercado de trabalho e a política de valorização do salário mínimo, o aumento real dos salários é um estímulo poderoso para o crescimento econômico. Fortalece o mercado interno, provocando o aumento do consumo numa ponta e da produção na outra.
Inflação
O comportamento da inflação também favorece a conquista de reajustes superiores ao INPC.
Para as categorias com data-base em outubro, o valor de referência de inflação na pauta de reivindicações das categorias será de 4,09%, que corresponde à variação do INPC nos 12 meses encerrados em setembro último. É o índice que teoricamente recompõe o valor real dos salários. Reajuste superior ao índice apurado pelo IBGE configura aumento real.
Fonte: CTB.