Muitos bancários devem estar pensando que o “negociado acima do legislado” talvez não seja ruim, já que são beneficiados por uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) unificada nacionalmente. Mas essa é a "pegadinha" dos patrões.
Melhorias na CCT dos bancários são conquistadas ano após ano com as mobilizações que fomentam as negociações entre os representantes sindicais dos trabalhadores e os patronais dos bancos. As reivindicações são construídas coletivamente. E esse processo já garantiu, através da pressão das greves, benefícios como 13ª cesta-alimentação, extensão da licença-maternidade, vale cultura, parcela adicional de participação nos lucros. Já a CLT garante aos bancários a jornada legal de seis horas diárias, por exemplo.
A flexibilização trabalhista em debate neste momento no Brasil prevê, sob a justificativa de sair da crise com redução de custos, uma brecha para o aumento de jornada de trabalho com redução salarial, manobra que não é permitida pela legislação atual.
Elias Jordão, presidente do Sindicato, lembra que os compromissos da gestão da entidade significam atuar na luta por novas conquistas e ampliar os direitos da categoria; pelo fim do fator previdenciário e pela valorização dos aposentados; pela jornada legal de 6 horas sem redução de salário; defender os bancos públicos como indutores do desenvolvimento sustentável do país; pelo arquivamento definitivo do PL da terceirização que precariza o trabalho bancário; combater qualquer mudança que implique em redução de direitos dos trabalhadores. “A esse governo interino não interessa a manutenção de direitos dos trabalhadores. É preciso que todos os bancários tenham consciência disso”, finaliza o dirigente.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região