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Ninguém está livre do assédio

No fim de 2021, um grupo de empregadas, ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, rompeu o silêncio com uma denúncia, ao Ministério Público Federal (MPF), de assédios sexuais que vinham sofrendo por parte do ex-presidente da CEF, Pedro Guimarães.

As vítimas testemunharam que foram abusadas com toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites desrespeitosos, por parte do então presidente da empresa. A maior parte dos relatos está ligada a atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em todo o país. Em junho de 2022, a partir da pressão social, Pedro Guimarães pede demissão de seu cargo e seus assessores mais próximos são afastados.

É perceptível que o assédio atinge vários escalões, empresas públicas e privadas e ninguém está livre de ser vítima. Até o momento, o desfecho dessa história se encontra um mistério, tendo em vista que o Ministério Público Federal não confirma, nem extraoficialmente, quais medidas o procurador responsável pelo caso, Igor Nery Figueiredo, pediu.

Apesar de tantas injustiças terem acontecido nos últimos anos, a derrota do governo Bolsonaro nas urnas traz uma nova esperança para os funcionários da Caixa – principalmente para as mulheres. A nomeação de Rita Serrano para a presidência traz a perspectiva que seus funcionários serão tratados com respeito e dignidade, não apenas por ser uma representante feminina no poder, mas também, por ter exercido a função representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa.

No Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, foi a primeira mulher a assumir a presidência da instituição. A nomeação de uma negra e lésbica para comandar o BB traz expectativas que as relações de trabalho vão melhorar não só para as minorias, que finalmente irão ter uma representação no poder, mas para todos os funcionários que buscam igualdade no sistema financeiro.

É evidente a necessidade que mulheres ocupem cargos públicos e privados para ter atuação nos espaços de poder e decisão. É preciso continuar a luta e intensificar o combate a todas as formas de violência de gênero e suas desigualdades sociais, econômicas e políticas.

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