As negociações específicas com a gestão da Caixa Econômica já começaram, mas até então nada foi discutido em relação à emprego e novas contratações.
O quadro reduzido de funcionários nas agências da CEF não é novidade, e quem vem sofrendo com isso é o bancário, que enfrenta diariamente a sobrecarga de trabalho, e a população, que precisa lidar com as enormes filas e lentidão no atendimento.
Por conta do Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA), somente em 2015, cerca de três mil bancários da CEF foram desligados em todo o país. Em 2013, na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, existiam 279 bancários trabalhando em 16 agências, atendendo uma população com mais de um milhão de habitantes. De lá para cá este número caiu para 259, incluindo os 14 desligamentos relacionados ao PAA.
A presidente da CEF, Miriam Belchior, declarou que até o final de julho esta insuficiência de bancários nas agências seria suprida através do remanejamento de pessoal, mas esta medida é impraticável diante do atual número de funcionários, que hoje é insuficiente. Enquanto isso, milhares de aprovados no último concurso público, realizado em 2014, aguardam convocação.
Para a bancária e diretora representante da Federação, Daniele Couto, a rotina tem sido cada vez mais desgastante. “Os funcionários trabalham cada vez mais para conseguir dar conta dos serviços, sempre acumulados, ao mesmo tempo em que há um aumento da pressão por parte da empresa por mais produtividade, redução de custos e horas extras, aumentando o número de doenças ocupacionais e emocionais. Seria necessário, pelo menos, 30% de funcionários a mais na CEF hoje”, conclui.