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O Bradesco de Brumado permaneceu paralisado até meio-dia nesta quarta-feira (16)

 

Diante do grande número de demissões que vem ocorrendo no Bradesco, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR) realizou um protesto na agência do banco em Brumado. A unidade vem sendo campeã em desligamentos. Desde janeiro deste ano, cinco funcionários foram demitidos — o equivalente a 35% de todas as demissões do setor bancário na região de Vitória da Conquista.

Como forma de denunciar o desrespeito do banco e o descaso com os bancários e os clientes, o atendimento na agência foi interrompido até o meio-dia. Durante a manifestação, a diretoria do Sindicato informou à população sobre o motivo da paralisação, destacando as condições de trabalho, os cortes de funcionários, as metas abusivas e o constante adoecimento da categoria.

Os desligamentos, que vêm ocorrendo junto ao fechamento das agências, têm consequências danosas para as trabalhadoras, trabalhadores e para a economia das cidades. É inadmissível que um banco que lucrou R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025, cerca de 40% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, priorize seus ganhos absurdos em detrimento da dignidade das bancárias e bancários, ignorando os impactos sociais de suas políticas. Mesmo assim, a sobrecarga de trabalho e a pressão pelo cumprimento de metas absurdas continuam elevando significativamente os adoecimentos entre os funcionários. Em 2024, 81% das comunicações de acidente de trabalho (CATs), emitidas pelo SEEB/VCR, foram do Bradesco.

Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR, afirma que não existe justificativa para essa quantidade de demissões, que geram as piores consequências para os trabalhadores e a população: ‘’Os bancos argumentam que precisam reduzir seus custos por conta da competição que têm com as fintechs. Entretanto, quando a gente observa, os campeões de lucro no país ainda são os bancos convencionais. A falta de funcionários para poder dar conta das demandas tem gerado não só reclamações constantes entre os clientes, mas também o aumento crescente de número de bancárias e bancários adoecidos.’’

É urgente que os bancos abandonem as políticas de demissões em massa e fechamento de agências, que prejudicam não só os trabalhadores, mas toda a sociedade. Como instituições que operam sob concessão pública, os bancos têm obrigação de garantir retorno social e não apenas perseguir lucros exorbitantes a qualquer custo. A população e os funcionários não podem pagar o preço de uma ganância corporativa que ignora seu papel no desenvolvimento econômico e no bem-estar das comunidades.

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