Com a divulgação da saída do PMDB do governo, o novo articulador político, Lula, anuncia que tem sete ministérios e mais de 600 cargos diretos para serem negociados. Sem nenhum constrangimento, a estratégia é trocar apoio por cargos públicos para evitar o impeachment. Tem sido assim, descaradamente a máquina pública é usada para a manutenção do poder, o que lembra quando Fernando Henrique usou a compra de votos para garantir a reeleição.
Aguçados pela possibilidade de finalmente chegar ao poder e aumentar os cargos que hoje ocupam, os partidos e políticos oportunistas abandonam o governo como se não fizessem parte do jogo cujas regras eles mesmos criaram.
Atolado no próprio lamaçal que criou, o governo tenta sobreviver apostando na ganância individual dos políticos. Enquanto a discussão se é ou não golpe continua, o desemprego avança, a arrecadação diminui, e aqueles que tiveram por algum tempo a ilusão do consumo, começam a encarar a dura realidade em um país que não consegue tratar seus cidadãos com dignidade.
O problema para os trabalhadores é que com a saída ou não de Dilma, o que vai continuar sendo discutido pelo Congresso é a pauta conservadora de retirada de direitos, de arrocho fiscal, aumento dos juros e venda do patrimônio público para continuar pagando a inesgotável Dívida Pública, enchendo os cofres dos banqueiros.
Os trabalhadores precisam fortalecer suas organizações de base e participar ativamente da vida política do país. Indo às ruas sim, mas em defesa dos seus direitos, contra a corrupção, por uma investigação ampla e irrestrita, e punição para todos os culpados dos crimes cometidos contra os brasileiros.
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