Apesar da alta prevalência em mulheres, os homens também podem ser diagnosticados com a doença.
Este mês é marcado por uma das maiores campanhas pela saúde das mulheres: o Outubro Rosa. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para 2019 foram estimados 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil. Daí a importância de abordar o assunto e falar sobre a prevenção em casa, no trabalho e em todos os espaços possíveis.
A doença é resultante da multiplicação anormal de células da mama, que formam um tumor capaz de invadir outros órgãos. Nem todos evoluem rápido e a maioria tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado precocemente. É o tipo de câncer mais comum depois do câncer de pele, e o que mais mata mulheres.
Os estudos apontam diversas causas ligadas ao desenvolvimento do câncer de mama. Segundo dados do Ministério da Saúde, alguns fatores de risco como a idade (mais de 50 anos) aliada a fatores comportamentais e ambientais (obesidade e sobrepeso na menopausa, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, exposição frequente a radiações ionizantes) além da história reprodutiva/hormonal (primeira menstruação antes dos 12 anos, não ter tido filhos, uso de contraceptivos orais por tempo prolongado, etc.) e genética favorecem o seu surgimento.
Mas, vale lembrar que esse tipo de câncer não acomete somente as mulheres. Mesmo sendo raro – um em cada 100 casos – os homens também podem sofrer com a doença. O bancário Eder Liébert, da Caixa/Vila Imperial, foi diagnosticado em 2017 e, após seguir todo o tratamento, está curado. “Descobri através de um corrimento de sangue que saia do peito esquerdo. Na biópsia foi detectado que tal líquido tratava-se de Neoplasia Malígna Infiltrante em grau 3. Após todos os exames, fui submetido à mastectomia, seguida de quimioterapia e radioterapia. Realizo meus exames periodicamente e os resultados já não apontam mais presença de células cancerígenas. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores serão as chances de cura”, relata.
Para a vice-presidente do SEEB/VCR Larissa Couto, o acompanhamento médico deve ser sempre uma das prioridades nos cuidados com a saúde. Além disso, “o autoexame das mamas entra como um auxiliar no diagnóstico e contribui para a detecção dos casos. Por isso, é importante que todas e todos se informem sobre o assunto para entender o valor da prevenção e do acompanhamento periódico, prática de atividades físicas, boa alimentação e atenção aos sinais que o corpo apresenta”, conclui.