A mobilização da categoria bancária contra o desmonte do Banco do Brasil tem ganhado força e vai promover nesta quarta-feira (10), mais uma paralisação nacional.
Desde janeiro a categoria está articulada para denunciar o mais recente ataque orquestrado pela gestão do banco que pretende fechar mais de cinco mil postos de trabalho, desativar 361 unidades, promover transferências compulsórias e retirar de funções. No último dia 29, bancárias e bancários paralisaram as atividades e dialogaram com a população sobre o retrocesso deste projeto.
Nesta semana, em mais uma tentativa de negociação com o banco, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), esteve representando a categoria em reunião com o BB, desta vez mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O encontro aconteceu na última segunda-feira (8) tendo como pauta a suspensão do descomissionamento de caixas e informações sobre o novo processo de reestruturação do Banco do Brasil. Mais uma vez, a gestão do banco não apresentou nenhuma informação, nem se comprometeu com a suspensão do processo.
Diante das negativas nas negociações, as funcionárias e os funcionários do BB, que compõem a base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região aprovaram, em assembleia virtual na sexta-feira (5), pela adesão à paralisação nacional contra as reestruturações e também decretaram estado de greve até que as reivindicações sejam atendidas.
“À medida que a reestruturação do banco avança, a situação para bancários e para a população vai piorando cada vez mais. O banco anunciou que mais de 5.500 funcionários aderiram ao plano de demissão, isso demonstra o quanto os trabalhadores estão pressionados para deixarem a empresa e o quanto as condições de trabalho e de atendimento à população vão ficar precarizados. Por isso, não nos resta outro caminho a não ser continuar com as mobilizações e denúncias contra esse processo de sucateamento que o Banco do Brasil vem sofrendo”, afirma Leonardo Viana, presidente do Sindicato.