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Paralisação no HSBC cobra o pagamento da PLR e do PPR

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Na manhã da última segunda-feira (29), o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou uma manifestação retardando a abertura da agência do HSBC em Conquista. A mobilização, que fez parte do Dia Nacional de Luta dos Bancários do HSBC, foi motivada pela decisão do banco de não efetuar o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2015, nem do Programa Próprio de Remuneração (PPR Administrativo), conforme foi divulgado em um comunicado interno na última semana.
Durante a mobilização, os bancários expuseram à população o descaso da instituição financeira com os seus funcionários através de discursos e da distribuição de panfletos. “Apesar do acordo firmado após a greve, o banco divulgou um comunicado afirmando que o pagamento seria feito apenas para a área gerencial. Esta atitude é desrespeitosa, uma vez que todos trabalham igualmente para a obtenção dos resultados”, afirma a diretora Representante na Federação e bancária do HSBC, Sarah Sodré.
O HSBC é um dos maiores bancos do mundo e no último ano teve um lucro global de 13,5 bilhões de dólares. As agências em atividade no Brasil, por exemplo, geraram o saldo positivo de 191 milhões de dólares somente no primeiro semestre do ano passado.
Todo esse lucro é fruto do trabalho dos bancários, que muitas vezes são submetidos à metas inalcançáveis, cobranças abusivas e ao assédio moral. Contudo, em um momento de venda das atividades do banco no país e consequente risco do emprego bancário, a diretoria do banco inglês justifica o não pagamento apenas “considerando o resultado do grupo no Brasil”.
Após as manifestações, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Instituições do Ramo Financeiro (Contraf) entrou em contato com o HSBC buscando realizar uma reunião sobre o tema, mas o banco manteve a postura intransigente e não demonstrou vontade em debater com os bancários o pagamento dos benefícios. “Isso demonstra, mais uma vez, o total descaso com aqueles que são responsáveis pela lucratividade do banco. Desde 1997, com a aquisição do Bamerindus pelo HSBC, os bancários perderam alguns benefícios. Nos últimos quatro anos tivemos perdas nos valores relativos à PLR, em função dos provisionamentos absurdos que não condizem com o aumento de trabalho, do número de clientes e com lucratividade crescente das agências. Agora a categoria precisa se mobilizar ainda mais para garantir o pagamento da participação nos lucros”, conclui a diretora Sarah Sodré.

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