O movimento 8 de março – 8M – neste ano aconteceu logo após o Carnaval, o que deu o tom da grande ocupação nas ruas não apenas como celebração, mas, uma festa política, de lembranças e pedidos de justiça pela morte de Marielle Franco. Além disso, manifestações também contra a reforma da Previdência – que atinge todos nós; pelo empoderamento e liberdade dos corpos; e pela vida das mulheres.
Agora é a vez de ouvirmos as Marias, Mahins, Marielles, Malês e fazer o enfrentamento sociopolítico de violência contra a mulher. Entretanto, ainda há um grito que precisamos entoar com toda a força que tivermos: HOMENS, PAREM DE NOS MATAR.
Em tempos de violência estimulada por novos ditames governamentais fundada em falso-conservadorismo, armamento e misoginia, feminicídios ou tentativas que se dizem motivados por ciúmes, são na realidade reflexos diretos do machismo que, por séculos, é praticado em nossa sociedade. Verdadeiro circo de horrores, a normalização de absurdos dá sustentação a relações em que o sujeito-machista entende que o corpo e a vida de sua companheira lhe pertencem.
Para que caminhemos rumo ao fim da brutalidade misógina que nos cerca, nós devemos nos unir cada vez mais. Manifeste-se. Palavras de ordem, movimentos sociais, engajamento em redes sociais, ativismo feminista, conversas em mesas de bar, em jantares familiares. Ocupemos todos os espaços públicos e privados para que eles entendam de uma vez por todas que nossas vidas nos pertencem e que somos donas de nossos corpos, mentes, desejos e caminhos.
Por Larissa Couto,
vice-presidente do SEEB/VCR.